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O Robô Doge e o lobo-guará

Doge é um robô muito engraçado, de "personalidade" estilo infantil, que acompanha Mokolóton em suas viagens espaciais.

Eles vieram do planeta Mokon. Um planeta extra-solar, numa viagem de aventura.

Doge recebe uma visita inesperada: um cachorro-do-mato que se aproximou rosnando ameaçadoramente.

- Afaste-se de mim – disse-lhe Doge. – Se me morder vai quebrar os dentes, porque sou feito de material ultraresistente.

Mas o cachorro-do-mato, ao contrário de se afastar, se aproximou rosnando, mostrando uns dentões ameaçadores.

Todavia, surgiu um lobo-guará, de repente, vindo ninguém saberia de onde, que enfrentou o cachorro-do-mato e este fugiu. O guará abanou o rabo e olhou para Doge, de um jeitinho tão simpático como se o cumprimentasse. Poder-se-ia pensar que estivesse sorrindo.

- Como é seu nome? – Doge perguntou.

- Au! – ele latiu, abanando o rabo mais que antes.

- Al? Prazer em te conhecer. Meu nome é Doge. Sou um andróide do planeta Mokon. Desenvolvido e treinado para acompanhar o Príncipe Mokolóton, filho do Rei Mokóton, do Reino Azul. Sou feito de aço dúctil ultraresistente. Equipado com três câmeras ultrasensíveis. Dois transmissores potentes e um emissor de raio laser de última geração. Tem mais: uma bomba de cheiro para afugentar invasores e um gás paralisante que deixa o inimigo feito estátua.

Bateu no peito para o guará ouvir o som do metal.

- Entendeu agora?

O guará até parecia que sim, porque abanou o rabo e “sorriu”. Bem, de um jeito ou de outro, instantes depois já estavam amigos. Ou, pelo menos pareciam estar, porque se envolveram num diálogo monótono e intenso.

De um lado um robô falante. De outro, um guará mudo.

A conversa deles era assim: enquanto um falava, outro abanava o rabo. Doge não exigia resposta. O guará nada perguntava.

Doge o convidou a entrar na nave. Ele entrou. Doge explicou o funcionamento dela. A velocidade que atingia… Al parecia entender tudo.

Mas, tchan, tchan, de repente um flash disparou e ofuscou seus olhos: plaft!, inundando tudo com um clarão indescritível. Como se tivesse mola nos pés, Al deu um salto superassustado e em seguida latiu: “Au!”.

- Calma, Al! – disse Doge, rindo. – É sua identificação. Todos os que entram na nave são identificados. Você já foi esterilizado e imunizado logo que entrou na nave sem sentir nada, sentiu?

Então, agora só foi fotografado, só isso. Garanto que sem sentir nada também. Afinal, no meu planeta não se permite dor.

Alegre-se porque sua imagem vai ficar gravada aqui ó (disse mostrando um painel), e você vai ser visto lá em Mokon (agora apontando para cima). Vai ficar famoso…

Mas o guará não estava mais interessado na conversa dele, porque farejou algo num compartimento.

Achando que ele estivesse com fome, Doge lhe ofereceu comida. Ele olhou, cheirou, recusou.

- Você não quer?

Al pareceu balançar a cabeça que “não”.

- Você se alimenta do quê?

Se Al falasse, diria que se alimenta de carne. Só de carne. Doge decerto ficaria horrorizado, porque em Mokon a maioria do povo é vegetariana.

 

Sinopse do livro

Mokolóton, o extraterrestre

Editora: Freitas Bastos

Livraria Saraiva

Ebookstore Gato Sabido

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Atualizado em: Ter 12 Out 2010

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