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Cova aberta

Caí em minhas próprias armaldilhas, em pranto, angústia
Tentei enganar-me que escolhendo a solidão estaria segura em meu conhecido amargor
O oceano de minha angústia era mais profundo e escuro do que eu gostaria de ter descoberto
Presa à monotoniia de dias limitados, instaurados pela vitrine do sucesso que não desejo
A pele dela, a minha pele caminha para se igualar à dela e essa é minha condenação
Hoje ela se foi, eu irei também, mas ainda não cheguei à metade da jornada
Não sinto nenhuma dor, nenhum pesar por ela, esta venceu
Lamento freneticamente a mim mesma, incapaz de sequer desejar chegar onde ela chegou
Desastrosamente nociva, desastrosamente quebrada e recusando qualquer tentativa de ter a alma salva
Não há razões aparentes em meu ser tão irremediavelmente profano, tão severamente desacreditado e largado às traças e vermes para que Deus ou o Diabo queiram minha alma
Moedas, ópio, fitas vermelhas e um sinistro barqueiro
Minha alma não acompanhará a dela. Vagarei eternamente ao lado do mercante das trevas, violada por meu próprio ergulho.
Vagarei em prantos presa ao meu silêncio em desespero pela tempestade ,por não poder ascender ao paraíso, alma sem descanso.
È apenas um gole, um piscar de olhos, apenas um corte... Agarre sua cruz e deite sobre ela. Não há alternativas nem refrigério.
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Atualizado em: Sex 22 Mar 2024

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