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Silêncios e matizes

Sem ti, meus dias tristes são lilases,
sempre à espera daquilo que nunca dizes
do tanto que de ti anseio e nunca fazes
do teu olhar pintado de silêncios e matizes.

Lá longe mal te vejo mas ainda ouço
o som dos poemas que te compus
sinto um aperto, uma corda no pescoço,
como se fosse um Sol em contra luz.

Há nos campos flores brancas e amarelas
de toda a parte oiço a voz das ventanias
há gente espreitando p'las janelas
encostada à sombra dos seus dias.

E o vento traz o eco do teu nome
um estranho odor de oliveira e de mel
mas hoje, de ti, ainda tenho fome
louco que sempre fui p'la tua pele.
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Atualizado em: Qua 17 Abr 2024

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