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devaneio

  • Assim Será Então

    Entrei na tua vida sem nenhum propósito;
    Entrou na minha sem nenhuma razão;
    Teus beijos me viciaram;
    Teus olhos aceleram o meu coração;
    E sem você eu vivo;
    Aprendo sempre a dizer um "não";
    Assim acontece a morte constante do nosso coração;
    Assim vivo sem nenhuma razão.
  • Até quando?

    Até quando
    Até quando você vai ficar numa casa sem ruído, esperando a morte, doce e resignada, respirando um ar podre de um casamento morto?
    Não sente entrando pelas frestas da janela a correnteza de um vento livre e puro que corre lá fora?
    Não quer ser livre e se tornar verdadeiramente mulher?
    Não quer dançar a dança das fêmeas?
    Não quer conhecer o amor e trocá-lo por esse sentimento que apenas sufoca?
  • Café, Rotina e um Pouco de Horror

    Essa sempre foi minha rotina no final da tarde: chegava do trabalho muito cansada, sem coragem até mesmo para usar as chaves e abrir a porta, deixar o café esquentar na cafeteira, enquanto jogava minhas roupas por todo lado da casa e procurava por algum filme na Netflix.
    Filmes de terror nunca me assustaram, mas ver pessoas tomando sustos e entrar em desespero me garantia boas gargalhadas antes de cair no sono. Hoje algo diferente e assustador aconteceu.
    Assim que cheguei e seguia rigidamente minha rotina, na cozinha aconteceu algo que para mim não passava de um acidente doméstico causado por algum descuido. Afinal, é comum que uma pessoa cansada coloque sua cafeteira na beirada da mesa de cozinha e ele caia com o chacoalhar da água fervendo. Pois bem, a cafeteira caiu, tomei um susto, mas ignorei e nem mesmo levantei para limpar o chão, apenas voltei para a TV, mas quando olhei, ela estava na página do YouTube e na caixa de pesquisa, tinha palavras como: demônio, rituais e suicídios. O que me deixou confusa foi o fato de que eu não lembro de abrir o YouTube. Enquanto tentava lembrar em que momento eu havia entrado naquela aba, algo ainda mais estranho aconteceu. Senti um frio na minha nuca, na verdade era como se alguém estivesse soprando em linha reta nas minhas costas, assustada, imediatamente virei sem saber o que procurar, pois estava sozinha e neste mesmo instante sentir um dedo subir por minhas pernas, a parti dos joelhos, em direção a minha virilha.
    Aquilo já era demais, eu tentei não acreditar, queria não acreditar. Corri em direção as minhas roupas espalhadas pela casa e tentei vesti-las o mais rápido possível. Ainda sem terminar de me vestir, com a intenção de sair, dei alguns passos até a poltrona onde deixei o controle da TV e o peguei, mas quando pressionei o botão de desligar, a TV nem mesmo piscava. Aproximei-me para desliga-la manualmente e ainda assim ela permanecia ligada, mas a angustia tomou total controle quando puxei o cabo de energia e ela não desligou, aquilo fez meu mundo desmoronar, não era possível.
    O frio aumentou e eu já podia sentir meus dentes tremer, e não sabia se era de frio ou medo. Olhei ao meu redor e tudo que passava por minha cabeça eram as palavras; suicídio e demônio. Corri até a porta, não queria passar nem mesmo mais um segundo ali dentro, mas antes de sair fui desligar a luz, a luz também não desligava, mesmo clicando várias vezes com muita raiva e isso pareceu dar mais força para tudo aquilo, pois o controle foi arremessado na parede, espalhando-se em alguns pedaços no chão. Senti minha pele umedecer em lágrimas, estava entrando em pânico. Pânico ainda não é suficiente para descrever o meu estado emocional naquele momento e foi por consequência que decidi fazer a única coisa que podia me tirar daquele pesadelo. Peguei garfo todo metálico e fui até a primeira tomada de energia e empurrei-o, eu esperava que fosse instantâneo, nada aconteceu, achei que estivesse fazendo errado e continuei tentando, mas quando percebi que nada aconteceria, eu dei um grito estridente e chorei ainda mais. Ajoelhada e sem esperanças coloquei as mãos nos ouvidos para não ouvir as batidas das gavetas de talheres que havia acabado de começar junto com uma almofada que foi arremessada em direção a janela, não pensei duas vezes quando a segui e pulei para fora da janela.
    Tudo ficou escuro por alguns segundos, seguido por um clarão. Eu estava acordada. Estava confusa. Peguei o controle da TV onde passava o vídeo de um homem com máscara de coelho e parecia contar uma história sobre demônios, quase me distraí, mas quando finalmente pressionei o botão, rapidamente ela desligou. Fui até a cozinha e a cafeteira estava inteira em cima da mesa e o café nem estava fervendo ainda. Mas eu continuava com muito frio!
  • Cansaço

    Tô cansado de me sentir demais
    pros outros ser
    coisas surreais
    e de dentro
    não me conhecer mais.
    Tô cansado de ser de menos
    de menos interessante
    de menos compreensivo
    de menos amante.
    De esperar do mundo de mais
    de mais cor
    de mais sabor
    de mais fervor.
    De mim dar de menos
    menos compreensão
    menos paixão
    menos intenção.
    Afinal esse é mais um poema
    de alguém que quer ajuda
    de um cara as vezes contente
    escrevendo sobre gente
    a qual nunca muda.


    Rio de Janeiro, Dez de Fevereiro de Dois Mil e Vinte
  • Cascas de Semente

    Era um sábado quando vi nuvens de tempestade se aproximando. Ventos fortes atingiam a cidade em um fim de tarde, e a escuridão que se aproximava estragou o lindo pôr do sol que estava prestes a acontecer. Pássaros cantavam enquanto voltavam para as suas casas em busca de proteção.

    A chuva é boa para diversas pessoas, mas ruim para muitas outras. Infelizmente, não tinha como pensar nessas pessoas quando a chuva estava vindo, afinal não tinha nenhuma delas por perto para me lembrar disso. Ao contrário de boa parte da cidade, estava abrigado quando trovões soavam e raios eram vistos no meio dos relâmpagos. Porém eu ainda podia pensar em algo. Antes dos trovões, quando a tempestade ainda estava para chegar, era possível ver uma árvore da janela da qual eu estava perto. Ela estava carregada de grandes cascas de sementes, a maioria seca, com tons amarronzados, duras e velhas. O vento forte venceu quase todas, exceto duas. Elas não pareciam mais jovens do que as outras, eram simplesmente normais. Estavam no mesmo galho, mas eu não conseguia crer que só sobraram elas. Procurei por um longo tempo, examinando cada parte da árvore, porém não tinha nada além delas.

    Agora, já de volta com os raios e relâmpagos, fiquei me perguntando sobre o porquê de duas e somente essas duas tentarem resistir a uma tempestade mortífera. Elas podiam estar com medo de se soltarem e do que viria depois disso. Esse medo pode ter paralisado elas, impedindo que se juntassem as outras que já estavam no chão. Talvez também quisessem ver mais uma vez a paisagem lá de cima antes de serem jogadas para todos os lados pelo vento forte. Porém há uma outra explicação que particularmente me encanta: as duas cascas de semente, mesmo já estando velhas e terem visto muito isso, queriam apreciar o seu último pôr do sol que ocorreria no dia seguinte, já que este lhes fora surrupiado. Pode ser que, em sua morte, elas só queriam ver o sol sumindo devagar mais uma última vez enquanto uma brisa suave, e não um vento violento, as retirava calmamente de seu galho.

    Essa última hipótese me cativou tanto que de cinco em cinco minutos olhava pela janela para verificar se elas continuavam lá. Não queria fazer isso, lutava contra essa vontade de ficar observando elas para poder me concentrar em outros afazeres, mas simplesmente não conseguia. Percebi, então, que eu estava torcendo pelas lindas cascas de semente. Queria que elas sobrevivessem para que pudessem ver o seu pôr do sol.

    Peguei no sono antes da tempestade terminar e a primeira coisa que fiz quando acordei foi olhar pela janela. Lá estavam elas, as duas grandes sobreviventes. Esperei até o sol começar a dar tchau e me sentei embaixo da árvore para comemorar essa vitória com as cascas de semente. Depois disso, não quis mais olhar pela janela, pois não queria ver a morte das minhas duas heroínas.
     
  • Chá das Cinco



    Peço às visitas que entrem
    Entrem, mas apenas se forem ficar
    Pois, senão, que sozinha me deixem
    Basta de ir embora antes de chegar.

    A porta está sempre aberta e espera
    Espera muito, se precisar
    Até que finde a primavera,
    Não há problema em demorar.

    Leve muito tempo, mas venha certo
    Certo que ao puxar a cadeira
    Ficará do outono ao próximo inverno
    Ou até que floresça a última videira.

    Pois quero viver uma vida inteira
    Inteira, de verdadeiros sentimentos
    Da lua cheia ao raiar da aurora,
    Não apenas de breves momentos.
  • Ciano

    O céu de uma madrugada fria
    A brisa gélida de uma noite
    Aos prantos, ele sofria
    Mas tua alma já estava longe...
     
    Como nuvens à espreita
    Num céu nublado, além, além
    Cada gota, uma agulha
    Cada céu, um infinito
     
    Você deve viver
    Receba o sopro da vida
    Assopre, Assopre, Assopre
    Sinta voar, sinta o toque
     
    Nem tudo é pra sempre
    Como Cássia mesmo nos diz
    "O pra sempre sempre acaba"
    As incertezas serão eternas 
     
    Ciano, como teus profundos olhos
    Em meu coração resta apenas ciano
    Me lembro do dia em que você sorriu 
    Entre rimas e entrelinhas, lhe toquei piano
     
    Talvez você rirá um dia
    Banhará minha vida com um suspiro apaixonado
    Se o pra sempre acaba, seremos o fim
    Seremos exceção, seremos ciano
     
    A vida passa
    Como vagões de trem
    Passando pelas colinas
    Em um céu azul, ciano
     
    Em meu coração há o molhado de sua alma
    Há as lágrimas que não cessam
    A emoção
    As cores...
     
    O morno outono
    Como uma lareira recém apagada
    O fundo do mar me causa náuseas
    Mas o quarto está escuro demais.
     
    Você vai me achar um dia?
    Pois as vendas doem minha face
    As lágrimas cortam minhas bochechas
    E todo o ciano se esvai.
     
    Ciano
    Como o céu de seus olhos
    O céu de sua boca
    O frio de seu corpo
    O oceano de seu coração
     
    Ciano
    Como aveludado pó vermelho
    Como bebida quente no fim do dia
    Como o altar dos deuses em prantos
    Como minhas lágrimas que caem, junto de sua alma no corrimão...
     
    Ciano. 
  • Coerência Espiritual


    coerencia espiritual 671x1024
    Muito Antes De Saber Quem Eras Kudza Já Tinha Medo De Te Perder, Um Anjo Nunca Deve Entrar No Reino De Uma Deusa Sem Uma Prenda, Aqui Esta Minha…

    Eu Só Vivo Enquanto Estou Acordado Ainda Assim Tenho Tempo De Vender Os Meus Sonhos… Se A Evolução Dos Indevidos É Influenciada Pelas Suas Órbitas Sociais, Por Favor Agrafem-me Esse Pensamento Porque Fora Das Redes Sociais Não Somos Assim Tão Sociais, Com A Quantidade De Satélites Que Existem Por Ai Nunca Vi Um Eclipse Do Ponto De Vista Espacial, #ViverÉMaisQueExistir!!! Mesmo Perante A Claridade Fria Da Admissão Eu Sei Que Não Sou Assim Tão Especial, Isso Eu Tenho Que Admitir!!! Eu Não Quero Parecer Ignoratico Apenas Ambiciono Transmitir As Transmissões Que Modificam As Cerimônias Que A Natureza Tem Com A Minha Interioridade Subjetiva, Exprimo O Que Imagino Pensar Isso É O Que Penso Falando, A Minha Livre Iniciativa Perdeu-se No Infinito Da Minha Imaginação, O Nosso Único Contacto Só Se Torna Possível Através Das Palavras Que Te Vão Titulando, Pela #CoerênciaEspiritual Do Klan Coração.

    Só Eu Sei Que Tu És Um Milagre! A Questão É Porque Que Procuras Por Um Lugar Para Onde Te Esconder? Dá-me A Oportunidade De Retirar-te Do Mundo Pecador Sem Extinguir A Tua Faísca Espiritual, Dá-me A Oportunidade De Exceder A Divina Altitude Do Puro Amor Da Sua Escravidão Atual, Dá-me A Oportunidade De Recolher Os Sinais Da Infinita E Viva Riqueza Do Teu Ser Com Essa Citação Textual… A Vida É Minha… A Vida É Tua… Ainda Assim Todos Tentam Esculpir A Sua Especulação, É Como Se A Minha Atividade Pensante Finalmente Tivesse Desculpado O Desespero E Alistando-se Para As Primeiras Fazes De Reabilitação, O Teu Sorriso É Um #TestemunhoIrrecusável Que Abraça A linguagem Emocional Dessa Sintética Invenção, Kedson Encontrou A Animação Que Vivia Ocultada Pela Falência Do Seu Poder Decisivo, Ela liberta Toda A Minha Tesão Fazendo Com Que O Cio Se Perca Do Sentido De Excedência Enquanto Deslumbra Os Seus Ângulos Persuasivos, Tenho Que Admitir Que Eu Sou… Eu Sou O Teu Tarado, Toda Essa Comoção Poética Radicalizou A Identidade Que Por Ti Diz Estar #OficialmenteApaixonado.

    “Independentemente Da Concorrência, O Klan Luta Para Vencer”

    Sei Que Muitos De Nós, Eu Incluído, Vivemos Aterrorizados Pelo Medo De Uma #MorteSolitária, Por Isso Damos A Mão A Palmatoria A Todos Os Comportamentos Violentamente Assediados Que Conformam Essa Lei Ordinária, Procura Saber Estar Sozinha Sem Te Sentires Sozinha, Porque A Teoria De 2 Pessoas Por Caixão São Como Os Problemas Invisíveis Que Diariamente Confrontas Mas Nunca Atingem A Suas Consagradas Fazes Revolucionarias, Tu Nunca Estarás Sozinha!!! A Importância Da Dor É Uma Dos Tesouros Que Encontra-se Refletida Na Sensibilidade Do Tempo, Tu… Nunca Estarás Sozinha!!! Isso É Uma Verdade Cronologicamente Posterior As #CoordenadasDoPassado, Acredita… Que Nós Temos O Poder De Crias Novas Realidades, Se Estiveres Disposta A Fazer Uma Nova Refração Do Nosso Tempo, Todos Esses Séculos De Perturbações Serão Historicamente Ultrapassados, Porque Eu Começarei Conjugando Todas As Parcelas Da Verdade Em Uma Soma Razoável Das Questões Que Por Mim Te Têm Imprensado, Aprende Com Os Erros Das Outras Pessoas Porque Tu Não Os Podes Refazer, Sim… Eu Estou Interessado!!!

    Os Recursos Racionais Da Minha Honestidade Procuram Abrir A Sua Alma De Forma A Permitir A Entrada Do Teu Sublime Efeito, Eu… Reduzido Aos Últimos Artefactos Da Minha Existência Ainda Endividado Pelo Amor Que Nunca Foi Perfeito, Sentia-me Obrigado A Ultrapassar #AsFronteirasDeIndecisões Que Se Encontram Entre Mim E As Dimensões Do Mundo, As Universais Dúvidas Entrepostas Sobre A Fé Acompanham O Desenvolvimento Que Estrutura O Preconceito Que Embora Não Aflore De Um Modo Incisivo E Sistemático, Permanece Categoricamente Solidificado Pelos Movimentos Casuístas Emitidos Pelos Panos De Fundo, Nem Todos Os Indícios São Favoráveis É Mais Preferível Observar As Modalidades Do Ser Em Modos Particulares, Os Detentores Dos Comportamentos Intelectuais Suscitam As Alusões Negativas Das Suas Constituições Disciplinares Zumbindo Os Aspetos Parcelares Pelos Seus Olhares, Muitos De Nós Não Estamos A Viver Os Nossos Sonhos, Muitos De Nós Estamos A Viver #OsNossosMedos, Caminhamos De Modo Inegável Porque Temos Obrigatoriamente De Nos Tornar Similares Ao Aceitável, Ainda Assim Eu Procuro Determinar Todos Os Meus Imprevistos Movimentos No Tecido Social Desta Falecida Personalidade, A Inexplicável Origem Da Esperança Promoveu-me Com Os Seus Atributos Que Hoje Levam-me A Procurar Figurar O Universo Contemplando As Aspirações Das Células De Destino Concordante Que Povoam Essa Nossa Plana Sociedade.

     Hoje É Um Dia Mágico E Sei Que Todos Esperam Que Eu Diga Algo Que Se Assemelhe Ao Projeto Deste Calibre, Tirando O Álcool O Sexo E As Drogas, Não Existia Nada Que Me Permitisse Uma #SeguraPenetração No Mundo Da Cognição Individual Deste Ser, Tudo O Que Vês, Ouves E Sentes Foi Inaugurada Pelo Radiação De Informação Proveniente Do Pensamento Humano, Por Isso Vive Com O Objetivo De Replicar Algo Que Ainda Não Existe, Desculpem Por Me Amar A Mim Mesmo, Desculpem Por Amar A Minha Vida E Desculpem Por Não Tentar Televisionar Esse Mesmo Amor, Eu… Admirava-te De Tal Forma Que Estava Disposto A Maquinalizar As Minhas Virtudes Com A Intenção De Alcançar Os Teu Avanços Tecnológicos, As Peças Silenciosamente Sem A Minha Licença Encaixavam-se Num Ato Industrial, Direcionados Aos Diferentes Alvos E Objetos Que Impulsionaram A Minha Interna Revolução Para Os Séculos Da Época Atual.

    A Forma Física É Uma Peça Importante Mas Para Mim Não É Integral Nem Satisfatoriamente Aceitável, Não Passa De Mais Uma Teoria Que Precisamos Para Ultrapassar O Dia, A Vida Precisa De Mim Bem Acompanhado, Kedson Para De Questionar As Sombras Que Se Encontram Nas Paredes E Procura Pela Tua Luz, Mas Lembra-te Que Nem Todas Elas Projetam As #FundamentaisExigências Das Tuas Sensibilidades, Mas Ela.. Ela É Um Mito Salvador Criado Entre As Linhas Das Fabulações Da Mesma Imaginação, Kudza- Eu Gosto De Como Beijas E Acaricias O Meu Corpo Toda Aquela Interligação É Uma Autêntica Abordagem Sistemática, Sinto-me Como Se Estivesses A Desembrulhar A Minha Mente E Encaminhando Toda A Tua Ficção Para O Centro Do Meu Agir, Porque Ela É Das Poucas Pessoas Que Em Mim Faz A Diferença Dramática.

    “A Linguagem Recria As Coisas Que Não Se Falam”

    Kedson Ouve-me… Quando Estas Seguro Do Teu Chão Nada Te Pode Abalar, Tudo O Que Tem De Acontecer Irá Acontecer Apenas Segue O Rumo Das Águas Do Mar, Kedson Ouve-me… Quem Vive Do Passado Esta Destinado A Torna-se Num Museu, As Pessoas Só Desistem Porque Não Têm Orgulho No Que Fazem É Muito Mais Fácil Levantar Uma Cerveja Do Que Um Livro Esse Caminho #NãoÉOTeu, Os Visionários Não Podem Ser Imitados, Parece Que Conseguimos Sonhar Mas Não Temos Permissão De Ter Sonhos, Os Visionários Apenas Podem Ser Admirados, Todos Temos A Carta Branca Para O Amor Mais Muitos Apenas Escolhem Amar Os Seus Mensais Ganhos, Se Decidires Descer A Esse Nível Irá Haver Sempre Conflitos, Porque As Lógicas Das Tuas Disposições Aparentam Estar Subordinadas Aos Princípios Das Minhas Finalidades Isso Faz De Ti Um Perito A Correr Pelos Ciclos Dos Teus Próprios Circuitos, Os Núcleos Construtores Da Minha Realidade Não Têm Como Fazer A Racionalização Das Notícias Que Me Chegam, Assimilo-me Aos Instrumentos De Acção Que De 15 Em 15 Momentos Fazem A Construção Das Grandes Linhas Do Ser Que Onde Todos Se Abrigam.

    A Única Diferença É Que Eu Tenho A Capacidade De Aumentar As Minhas Indigências, Para Todo O Klan Que Se Tornou Na Carne Da Minha Especulação Eu Prometo Jamais #AbandonarOPercurso, Para Todos Os Seres Que Foram Concebidos E Solidados Pela Vida E Que Agora Olham Para Os Céus Na Procura Dos Sonhos Que Eles Próprios Cancelaram, Desculpem Mas Nunca Terão As Minhas Condolências, Desistir Esta Fora De Moda Nem Mesmo Em Último Recurso, Estou Destinado A Alcançar A Coletividade Das Almas Amantes Se A Inspiração É Um Jogo De Interesse Eu Movimento Todos Os Artigos Como Se Fossem Os Meus Últimos Discursos, Apenas Desvia-te Dos Funestos Ângulos De Preceptiva Sobre Os Conjuntos Que Se Encontram Semelhantemente Frustrantes, Eu… Dei A Vida Pelo Mesmo Sonho Que Me Encaminhou De Volta A Vida, Quando Pensava Que Era Impossível Ter Um Ponto De Contacto Com O Possível Um Milagre Permanente Conectou A Minha Alma A Consciência Do Universo, Para As #TrágicasOposiçõesQue Se Manifestam Na Obra Da Criação, A Vossas Orgulhosas Negações Iram Para Sempre Diluir-se Sem Afirmações Porque Eu Despejo Todos Esses Imponderáveis Sentimentos Para As Lixeiras Dos Meus Processos.

    “Espero Que Tenhas Recebido A Mensagem Que Acabei De Enviar Para O Teu Coração”

    Kedson
  • Curvas de Seda

    No limiar matutino de uma sexta-feira, raios de sol escorregam pelas frestas da janela cerrada. Uma brisa tímida embala a cortina branca de renda. Abro os olhos sem querer me levantar, mas tolos de paixão eles mapeiam o quarto até encontrá-la. Está linda como sempre. Durmo e acordo pensando nela todos os dias. Dizem que sou exagerado. Que como ela existem outras tantas por aí mais jovens e mais bonitas. Mas não arredo o pé, meu amor por ela é mar de estrelas no firmamento. E ademais, quem busca racionalidade no amor não sabe nada do que é amar.
    No caminho para a reunião sinto falta da sua companhia, da sua textura de pétalas de rosa, das suas manchinhas naturais que lhe conferem um fascínio singular.
    O dia mal alcança a tarde e já experimento um misto de saudade e preocupação. Sozinha em casa e com a criminalidade em alta o medo da perda me angustia. Lembro das fitinhas do Senhor do Bonfim com a qual lhe dei proteção e me tranquilizo um tantinho assim.
    Chego em casa nos primeiros lampejos da noite. Deixo as chaves em cima da mesinha rústica de centro e sigo para o meu quarto. Apanho a toalha no guarda roupas e vou direto ao banheiro. Nunca gostei de tocá-la com o corpo impregnado de rua.
    Banho tomado, sobre a cama as roupas engomadas e os acessórios. Calça jeans azul desbotado, camisa preta de mangas longas, cinto de couro legítimo marrom caramelo e colete imitando a cor do cinto para dar um charme. Ao lado, o traje de gala dela. Tudo perfeito. A diarista fez tudo exatamente como foi pedido.
    Antes de me trocar a vejo do outro lado da cama, próxima à janela que encontra-se aberta. O prateado da lua se impõe sobre as sombras de um pedacinho de mata atlântica no quintal. Meu coração galopa em direção a ela. “Acho que dá tempo”. Penso olhando hipnotizado minha companheira de um vida inteira. Um sabiá laranjeira encanta a noite com seu canto.
    Meus braços de academia levantam-na sem dificuldade. Antes de começar, posiciono-a em meu colo e a seguro forte em meu peito. Agora somos simbiose. Como num livro em braile meus dedos leem suas curvas de seda e percorrem toda sua extensão, de cima a baixo, como plumas soltas ao vento. Então ela chora. Amo sua toada, ora suave como um lamento ora intensa feito descarga elétrica. Sob meu ritmo, puro prazer.
    Foram quarenta minutos de entrega total, e o melhor, foi apenas um ensaio para a noite que promete muito mais. O boi berrando em meu estômago me lembra que ainda não comi nada. Penso na lasanha que sobrou de ontem enquanto desço os oito degraus da escada.
    Hoje é um dia especial como tantos outros ao longo desses anos. Mesmo assim me dá aquele friozinho na barriga. Pego seu traje preto de gala sobre a cama e a visto com o maior dos cuidados, principalmente com o longo zíper que surfa as ondas de suas curvas. Antes de sairmos, peço proteção em cruz e seguimos em direção a mais um show que desfrutaremos juntos, coladinhos feito almas gêmeas. Eu e minha viola chamada Curvas de Seda.
  • Da Ilha e do Farol

    Eu não sou escrava de ninguém e não me ponho a escravizar a vida em mim,
    Um século de vida no batimento, o fazer meu não é um esforço.
    Uma orquestra em cada passo, o caminhar meu não é uma marcha.

    Escrava de ninguém, de ninguém espero a escravidão,
    Da ilha e do farol, o batimento é do coração meu
    E a luz se irradia do compasso dos pés meus.
    Sem acorrentar uma mão à outra, são as cores minhas
    Que retoco sobre tudo o que há.

    Não sou escrava de nada e a escravidão de nada venho em minha liberdade projetar,
    Meus pés não arrastam as correntes que de minhas mãos tirei,
    E no retoque colorido de cada compasso, nasce a luz da minha ilha
    E o farol se vê estender o chamado das ilhas outras.

    Onde não há escravidão, o ritmo da luz, a música do caminhar.
    Onde não há escravos, há as cores, a ilha, o farol
    O passo e o batimento fazem da união o chamado.

    Eu não sou escrava de mim e à minha sombra não me acorrento,
    De mim só quero nos batimentos ver a luz retocar,
    De mim só quero na ilha morar, e das cores compassadas do farol
    O chamado e chamar me fazer ver.

    O ritmo, a música, as mãos e os pés, a ilha que eu venho a iluminar
    O meu não escravizar, o batimento, o compasso, as cores e a visão,
    O farol que me traz e me devolve a liberdade junto a todos, chamar.
  • Dama de Sangue

    Dama de sangue
    sua mestre não é uma boa pessoa
    Dama de sangue
    juraste-me a felicidade!

    Agora me trancas neste buraco
    e toma conta de minha alma
    como ainda te amo
    quando me fazes tanto sofres?

    Dama de sangue
    mentistes para mim
    disseste-me que me salvaria
    e poste-me nessa tumba

    Agora há 7 palmos da terra
    entendo o que me dizias
    quando me mataste
    sua mestre levou minha alma
    Mas você
    Dama de sangue
    estarás junto a mim eternamente
    Ligados pelo sangue da aclamada vitória
  • DAS MESMAS VEZES

    A voz abriu a janela com furor e pudor, como se não quisesse fazer barulho. Porém, com o impacto insano dos próprios gestos embaralhados, desconcertados e desengonçados fez-se o estrondo sem querer. Havia o intuito de perturbar, de estilhaçar e por fim de fazer não viver. A voz sugava a alma da moça deitada na cama, quase que desfalecida. A voz que não se importava com a tortura agoniante dos ossos que se contorciam rapidamente em uma expulsão do próprio espírito. A voz que não era dos cabelos negros que estavam embalando o travesseiro em um abraço meio "graceiro", benéfico. A voz acariciou o pescoço nu da jovem imóvel. Fez-se um calafrio. Em um estupefato movimento do vento insone, a vocalização perdia-se no deserto frio da alma. A moça pestanejou, fez rangir os dentes, ignorou o grito de socorro estridente. Acordou, já era manhã. E, logo que se ergueu pela janela para contemplar o sol escaldante, a vista foi atingida com a dor do morto que a olhava com pupilas saltitantes. "O grito era dele!", exclamou. Agora não era mais. 
  • Devaneios

    apenas pensamentos passados para o papel.
    'passar' verbo que de representação mor nós faz prosseguir com a vida. 
    o que posso racionalizar de mim mesmo, já que deixo o sentimento ser racional, como um louco me pergunto...
    somos todos frutos de nossas ações, que por vezes são frutos de nós...
    pausa na vida, ela merece respirar, tomar um café e prosseguir...
    me digam...
    "há como não pensar em alguém?"...
    e com um simples devaneio me respondo...
    avente, vou prosseguir, pequenas pausas que arrancam-me sorrisos...
    puros, belos fartos... mas estão longínquos do mundo que me cerca, só encontro em pausas..
    vida futura .
  • Dirias

    Duas almas é o que há, como disse o mestre dos incompreendidos, ''venha!
    Fique conosco que há lugar para você''
    Ora dirias que por dentro é natureza e por fora crueldade,
    Mas te digo amigo que, muito próximo as duas são.

    Fique! a controvérsia não gosta da solidão,
    Continue firme que os passos são incertos, as almas absorventes e vulgares...
    Fale comigo! És mesmo incompreendido? Pois saiba que as estrelas também o são
    E, apesar de mortas, iluminam nossas almas.

    Agora dizes ouvir estrelas! Então eu vos digo amigo,
    ''Fale com elas e tuas almas salvará''.
  • Doce chuva

    Chuva, eu a amo, senti saudade dela quando o sol tomou seu lugar e as nuvens não choravam há tempos, estou feliz, lembro-me toda vez que puxo as cortinas e vejo através da janela as gotas caírem, de que isso sim é amar algo, eu suponho. Eu amo tanto ela que se pudesse eu ficaria embaixo dela até me afogar em suas águas salgadas, navegaria em um barco de papel que provavelmente afundaria após alguns pingos rasgarem as velas e encharcarem a bombordo e a estibordo, minha morte por afogamento seria inevitável de qualquer forma.
    Imagino que seja doentio pensar desse jeito, mas mesmo que ela traga o frio quando retorna, só consigo me sentir aquecida e segura, me pergunto se a chuva representa alguém para mim, talvez eu a ame assim por que possui as mesmas características de uma pessoa que eu poderia vir a amar, talvez a ame assim por que suas gotas são a única coisa que preenche meu coração vazio umedecendo a seca que o calor trouxe. Bom, espero que a chuva não vá embora, e que fique mais um tempo, por que quando ela se for, espero que essa pessoa quente que ela representa, tome o seu lugar.
  • É o espaço tempo?

    Hoje tive vontade de falar do céu
    Lembrei dos beijos seus, que afáveis
    carinhos, são ternos como o canto dos anjos

    Ontem lembrei da infância, dos sonhos de menino perdido
    no nintendo quebrado sentado em frente à TV, olhando os brilhosos
    pixeis da existência imaginária do herói Mario, o que será de mim, esta
    era a minha angústia

    Não imaginava que, antes de ontem, sonhei com o futuro, e nele éramos três
    Você, o bebê e eu, mais vocês do que eu, porque eu vivo no trabalho para conseguir
    dinheiro para comprar fraldas, eu não gosto muito, mas faço porque daí o bebê tem fralda leite e você
    chocolate, aquele de coco com chocolate, e eu, eu apenas durmo para voltar ao hoje, ao ontem e ao futuro
  • ÉBRIO

    A penumbra da noite perpassava a janela de vidro e lançava a luz do luar sobre minha fisionomia, outrora radiante, hoje decadente. Os goles da bebida desciam rasgando minha garganta. No início a substância me causava trejeito e um leve reviramento no estômago, mas hoje ela é pra mim o que a água é pra uma pessoa “normal”.
                Esse álcool que agora rasga minha garganta em fervoroso prazer já destruiu minha vida. Essa bebida demoníaca; levou-me a ser abandonado por minha família, levou-me a ser uma vergonha aos meus filhos, levou-me a ser o que sou hoje; um homem de meia idade, decrépito, praticamente sem fígado e quase sem nenhuma razão pra viver.
                Encontro-me hoje jogado em minha velha poltrona, e ao meu lado minha companheira traiçoeira, esse veneno no qual viciei. É comum em noites assim minha cabeça rodopiar em reflexões… “Por que você ainda está vivendo? O abandono de todos que você amava não é o suficiente para você perder a razão da existência?” A voz em minha cabeça dizia. Era uma voz rouca, eu presumo que advinda da bebida.
                Estendo a mão em busca do litro, mas eis que para minha completa estupefação vejo uma sombra passar na parede. Um calafrio percorre meu corpo e num espasmo causado pelo susto acabo derrubando o litro. O vidro se estilhaça em mil pedacinhos, tal qual minha vida se estilhaçou depois do vício.
                Pragas ecoaram de meus lábios. Me levantei e fui pegar uma outra garrafa. O pavor que a sombra me causou foi se dispersando aos poucos. Quando volto a poltrona e tomo um grande gole vejo novamente a sombra. O pânico se apossa de meu corpo, fico paralisado. A sombra começa a ganhar forma, e diante dos meus olhos ela se transforma em… meu pai! Pisquei várias vezes atônito. Pensava que poderia ser uma ilusão, um sonho, já estava a dois dias sem pregar os olhos, sempre que sentia sono cheirava um pouco de um pó especial… Cheirei um pouco de um pacotinho que trazia no bolso. Quem sabe assim a sobra de meu pai ia embora, porém ela não foi. E o terror prendeu meu corpo quando a sombra de meu pai, morto a cinco anos, falou:
                “Você sempre foi uma decepção!” Sua voz soava espectral. “Nem depois da minha morte você toma jeito”.
                “Nem depois da sua morte você me deixa em paz” eu disse, aquilo podia ser um sonho, mas aquele espectro não me ofenderia.
                “Você sempre foi petulante”
                “E você sempre foi um covarde que bate em mulheres”
                “A sua esposa pode dizer o mesmo de você. Isso é, se você não a tivesse matado”
                “Eu não a matei!” Eu exclamei exasperado, peguei a primeira coisa que encontrei e joguei no espectro. Ele desapareceu.
                As palavras dele embaralham meus pensamentos. Fiquei atordoado, e o jeito foi ir pegar uma outra garrafa já que meu pai mesmo morto veio bagunçar minha vida. Enquanto bebia novamente, um redemoinho negro adentro o cômodo. Ele trazia consigo a agonia do inferno, me senti extremamente perturbado, foi então que o redemoinho das trevas começou a ganhar forma e em um piscar de olhos minha esposa estava comigo.
                Sua pele estava pálida, seu rosto, antes rosado e vívido, ganhara um aspecto cadavérico e mortalmente espectral. As órbitas de seus olhos eram de um negrume inigualável. Trajava um belo vestido branco.
                “Anne!” - A exclamação destruiu os muros dos meus lábios.
                “Sentiu saudades, querido.” Sua voz era igualmente doce. “Pensou que não iria mais me ver?”
                Fiquei sem palavras. Ela estava ali em minha frente. Não havia me abandonado. Não estava morta, só estava ali, comigo. Eu não estava sozinho. Me aproximei e tentei tocar seu rosto, mas ela recuou:
                “O que houve?” Perguntei confuso.
                “Você ainda não pode me tocar” ela disse.
                “Por que?” Eu perguntei rapidamente.
                “Você sabe o por que, Victor”. Eu abaixei a cabeça relembrando o dia em que acidentalmente a matei. Eu estava ébrio, não estava consciente dos meus atos. Não queria, simplesmente não queria… mas fiz.
                “Como posso consertar isso? Eu não fiz por querer… Anne” me desesperei.
                “A um jeito de consertar isso, Victor, e você sabe qual é, não é?” A voz dela era melosa, mas firme. Não precisei que ela explicasse, é claro que eu sabia o que ela queria.
                Fui até a cozinha com a garrafa em mãos. Tomei um último gole e quebrei a garrafa na beira da pia. Fiquei a olhar o casco em minhas mão. O estilhaço de vidro em minhas mãos implorava pra ser lambuzado com o meu sangue. Hesitei, mas ela se aproximou de mim e pousou sua mão sobre a minha…
                “Venha! Preciso de você!”
                Essas palavras foram o suficiente. Em um movimento rápido e firme enterrei o vidro em meu pescoço, e ao fazer isso ela desapareceu… não tinha mais esposa… não tinha mais meu pai… não tinha ninguém… apenas eu, sangrando, agonizando, morrendo…
  • Effects

    My cold heart and my frozen soul are melting because of him. This feeling it's weird and I don't know what to do, when I see his smile even if it's making -5 °c outside I feel warm, even being empty inside, I feel completely full right now.
      At the same time as I am dead, I'm alive, that's the effect he does on me, he can kill me in one second and can bring me back to life with one moviment. I love him so badly, the images and thoughts about him are coming to my mind all in the same time, is too much for me, I can't handle, the night is when I'm really alone and he tortures me with that pretty face and kind  heart.
       Please stop making so much noise walking on my mind like this, stop hitting my heart over and over again laughing this way, it hurts, my body isn't prepared for this, my brain is filled by you, your voice is echoing in my ears, your eyes are blinding mine and the taste of your lips are dancing on mine.  
  • Effects

    My cold heart and my frozen soul are melting because of him. This feeling it's weird and I don't know what to do, when I see his smile even if it's making -5 °c outside I feel warm, even being empty inside, I feel completely full right now.
      At the same time as I am dead, I'm alive, that's the effect he does on me, he can kill me in one second and can bring me back to life with one moviment. I love him so badly, the images and thoughts about him are coming to my mind all in the same time, is too much for me, I can't handle, the night is when I'm really alone and he tortures me with that pretty face and kind  heart.
       Please stop making so much noise walking on my mind like this, stop hitting my heart over and over again laughing this way, it hurts, my body isn't prepared for this, my brain is filled by you, your voice is echoing in my ears, your eyes are blinding mine and the taste of your lips are dancing on mine.  
  • Ela anda em seu jardim

    Ela anda em seu jardim,
    O cemitério,
    Da terra um dia ela fez
    Nascer flor, mas terra ela colocou
    Por cima, e depois mais terra
    Ela fez a cobrir.
    Ela anda em seu jardim,
    O cemitério,
    No que antes camadas via,
    De camadas era feito,
    No que vida jazia,
    Agora jazigos imutáveis,
    Ela anda sem diamantes ou minerais.
    Não, não morra em vida,
    Não converta em pó o rosto,
    Não aceite o pálido sobre a cabeça.
    É um apelo de vida essa morte,
    É a vida que se vai dos corpos
    Que não mais a comportam,
    Aos que ainda caminham em passos
    Concretos e pulsantes
    Clamando ser inserida, reinserida.
    Ela anda por seu jardim,
    De flores esvanecidas,
    Tanta vida desconfigurada,
    Vida resetada, vida em marco zero.
    Não morras em vida,
    Não permaneça pálida,
    Vidas inteiras sopraram em suas veias,
    Odeie as caixas de madeiras, imensas,
    Quebre a lascas uma por uma,
    Destrua, desaceite, desconstrua
    A morte, sua caixa de madeira,
    Odeie a morte em vida.
    Não morra um poema pálido.
  • Ele

    Ele cansou. Está exausto de correr atrás do presente. Cansou do cheiro de coisas novas e preferiu usar o tato para encontrar conforto. Ele engoliu litros e mais litros de gritos acorrentados que hoje pesam dentro de seu estômago. Ele está tentando evitar essa ânsia que bate em sua porta todos os dias. Ele sobe as escadas até o vigésimo andar só pra olhar pela janela e assistir o presente visto de cima. Ele caiu na inércia. Entrou em piloto automático. Ele adotou o padrão e expulsou os devaneios da sua própria boca. Ele quebrou os próprios dedos pra não conseguir escrever sobre o peso dos gritos que arranham suas pregas vocais. Ele ficou diante de todos os caminhos e vendou os olhos para entrar no mais dolorido. Ele não está aqui. Ele está no seu próprio mundinho pedindo socorro por dentro e forçando um sorriso por fora. Ele pediu ajuda aos remédios e se viu com um punhado de fragmentos da própria morte em suas mãos. Pensou em por pra dentro também. Mas os gritos ocuparam todo o espaço. Cheio. Transbordando. Fechado.
  • Entre nós

    Mas eu fico, disse ela, não em conformidade, mas firme de aceitação. Fico entre nós, e sou entre nós, mas entre nós não me quebrem nos espaços, não façam seus pés entre os meus colocar, para que eu caia tão somente antes de dançar. Eu fico, mas não reinem sobre mim, sobre mim não me façam saber em ausência de si, ausência de nós. Eu fico, mas deixem que eu me ensine das coisas que sei e respire não os sonhos seus de mim, deixem-me do ar sentir uma falta que de angústia seja minha. Eu fico entre nós, mas caibam-me entre vós, saibam que somos nós, atados, apoio de laços, movimentos inteiros de ser um, de agregar-nos. Eu fico, mas não me dissolvam como a um nó, que por entre nós fiquem os laços que nos cabem.
    Mas eu fico, disse ela em conformidade com o que aceitara. Fico entre os nós que somos e os espaços que nos quebramos, faço dos nossos pés os meus a colocar para que dancemos antes de cairmos. Eu fico, mas não quero reinar sobre nós, sobre mim não haverá ausência do que somos nós. Eu fico e deixo que me ensinem das coisas que sabemos, e respiro o que de nós são os sonhos, deixo que na falta do ar respiremos em conjunto. Eu fico entre nós, e faço que caibam em mim, sei de mim como nós, atada ao apoio de nossos laços, um ser que se movimenta inteiro a agregar-nos. Voltando-me aos nossos laços, eu fico e não me dissolvo entre nós.
  • Era falta de ar

    A angústia me exaspera
    Faz-me querer afundar
    Num ritmo que acelera
    Faz-me querer gritar

    Meu coração não mais tolera
    Sua voz a me instigar
    Saudade de mim se apodera
    Sua voz a me molestar

    Espero que essa era
    Venha logo a se cerrar
    Tudo volte ao que era
    Venha logo me buscar
  • Erro por ser quem sou, Humano.

    Quantas vezes eu errei, julguei mal sem conhecer, julguei a mim mesmo, centenas e centenas de vezes no silencio da noite, mas tive a oportunidade, sempre tive, no outro e no outro dia, de reparar minhas falhas, meus temores, minha impaciência, e por alguma razão eu achava certo, pensar ''só em mim'', trilhei o caminho da solidão, do meu orgulho, mas tudo isso, toda essa armadura foi se despedaçando, uma luta interna para mudar, meu olhos agressivos refletiam minha alma e eu me vi sozinho, foi então que eu percebi que outras pessoas sentiam o mesmo, e que só se protegiam ou fingiam estar bem, mas lá no fundo, elas gritavam e não se podia ouvir.
    Eu não estava só, nunca estive, eu nunca vi isso, estava na minha frente as ferramentas para mudar, as pessoas, meu amigos, minha família, eles precisavam de mim, e eu deles, essa é a parte em que aquele muro alto, difícil de transpor, devia ser derrubado, era necessário, eu estava isolado.
    Um ponte foi construída, uma reconstrução do ser, aqueles
    primeiros passos, andando de bicicleta pela primeira vez, sem jeito algum, está sentindo ?...
    O tempo passou, todos notaram, quem o conheceu viu sua mudança, seu olhar era brilhante, seu semblante era uma paz.
    Leve, quanta diferença, olha quantas pessoas estão ao seu redor, todas querem ficar ao seu lado, sua energia é benéfica, seu riso contagia, aquela pagina de sua vida, se chama...
    A ponte chamada Amor...
    ''Sabiamente ele conheceu o valor de cada palavra desferida''.
  • Espaços

    Fui fisgada por uma música
    Me lembrou dos tempos que eu costumava sorrir
    Belos tempos aqueles...
     
    Só me resta escrever em linhas tortas
    Falar sobre o amanhecer que eu queria ver
    Sobre a pintura que iria fazer...
     
    Me imagino caindo... Caindo
    Não com violência, mas quero ver o céu
    É como deitar numa avenida vazia, olhar pra cima e ter certeza de que a realidade é muito maior do que todos acham ser.
     
    Tudo é tão leve, eu sinto que poderia voar... Voar com meu guarda-chuva rubro, olhar toda a cidade lá de cima...
    Rodopiar pelo espaço, visitar Saturno e contar todos os seus anéis.
    Ir à Plutão, no meio de seu coração
    Plantar gatos
    Colher miados
    Escolher canções de uma geração jamais esquecida...
     
    Olhar as flores no jardim da lua
    Ver a Terra, tão pequena...
    Observar você regando seu bonsai
    Como eu queria teu abraço...
     
    As estrelas estão tão longe, mas as vejo tão de perto
    Me sinto tão bem girando, não queria pôr fim ao meu rodopio...
     
    Quero visitar as constelações
    Manchar de ciano meu corpo colorido
    Descolorir todo o universo e pintá-lo de purpurina
    Não deixar ninguém esconder um sorriso
    Fazer rir a mais bela mulher de vermelho
     
    Quero ser como um abraço
    Quero ser infinito
    Mas nada quero sentir
    Apenas um peixe nadando em Júpiter
     
    E eu estarei do seu lado

    Estarei, estarei, estarei
     
    E seremos infinito...
     
    Seremos.
     



    Escrevi esse poema em uma noite de quarta-feira, escutando "Space Song", de Beach House. 

Autores.com.br
Curitiba - PR

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