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Entrevista com o Ator e Produtor Cultural ANSELMO VASCONCELLOS
Trechos da entrevista do ator e produtor cultural ANSELMO VASCONCELLOS na entrevista interativa da minha comunidade virtual "Café Filosófico 'Das Quatro'"
ANSELMO:
30/01/2006 07:01
É um prazer estar aqui entre vocês e com grande prazer estou respondendo as belas questões apresentadas.
Agradeço a gentileza de terem lido as questões que levantei nas entrevistas e tb nos esboços e fragmentos que tive o cuidado de colocar no meu site.
Minha motivação é justamente essa...abrir diálogos e trocar informações.
Meu trabalho consiste basicamente na produção de afetos. A busca da comunicação , do alterar comportamentos ,de tomar a iniciativa pelo encontro ...e faço isto por uma descoberta pessoal,totalmente afetiva .Como relato na biografia entrevista.
O sentimento, o afeto é uma "função valorativa" diz Yung e aprendi a perceber isto no contato com aqueles que recebem meu trabalho , como também, na própria maneira de produzi-lo e difundi-lo.É um enorme valor para mim, me dimensiona, me renova, me põe a descoberto.
Procuro ser como os antigos Helenos, tendo a arte como um todo. Sem praticar as especializações. Daí escrevo, dirijo, ilumino, produzo, atuo, vendo o ingresso e por aí vai.
Vivemos um periodo de grande transformação .A comunicação tem hoje uma velocidade extraordinária e o tempo é cada vez mais plástico (Cronus ...bela invenção dos Gregos, não?) manipulável...virtual.
Muitos questionamentos estão em curso, Cito o grande trabalho do cientista italiano Domenico Massi em O Ocio Criativo como uma grande referencia para este debate.
Naturalmente teremos que passar por um revisionismo. A Ciência sempre volta atrás...é uma grande qualidade, creio.
Portanto, pessoalmente, não creio que haja falta de temas ou assuntos.Citando novamente o mestre Yung ..."O processo de individuação (totalização psiquica) é circunevolutivo". Para frente, para trás, retornos, avanços..enfim é a grande espiral do desenvolvimento.
Enfim...a vontade de expandir o assunto é grande...e no momento fico por aqui.
abraços
05/02/2006 07:04
Acabo de colocar no ar o Show de Jazz: A Levada do Jazz, com Bia Sion, Dodo Ferreira e Adriano Lisboa no charmoso Espaço Cultural Maurice Valansi
Fiz está indrodução e marketing para justificar que a essencia destas questões aqui abordadas estão colocadas neste show.
Procurei conduzir o roteiro e a fisicalização das ideias musicais, dos significados artisticos e humanos do jazz e dessa gente que o expressou em meio as intolerâncias sociais, como racimos, violências e misérias...
É a busca do "Não Ser". Neste amplo aspecto a "máscara" é um instrumento de aglutinação para que se veja um rosto simbolico capaz de estabelecer a comunicação .As canções são as falas desta "mascara" sua ampliação. No inicio os gregos utilizavam-na com amplificadores.
Vale a pena conferir esta idealização e quem sabee isto não aqueça o nosso debate?
Maiores visualizações em www.anselmovasconcellos.com.br
besos
26/02/2006 00:19
A poesia foi minha primeira expressão, nos verdes anos. Na incrível solidão da adolescencia descobri a companhia das palavras e me inventei em poesias.
Descobri Jacques Prevert ...que me des-cobriu .
Minha primeira namorada veio por uma escrita.Ela se enamorou do poeta que inventei.
A poesia me abriu o portal das artes, eu creio.
há uma essencia poetica nos meus trabalhos.É uma opção inerente.
hoje valorizo muito o não fazer nada, o ócio criativo.O momento de escutar e ceder ao mistério que há no universo das coisas.
hoje quando não quero fazer nada, faço poesia. Aprendi com o Manoel de Barros.
CHRISTINA:
23/05/2006 03:10
Anselmo, na sua opinião, o que exatamente aconteceu em São Paulo? Que tipo os quais tipos de violência se esconderam em tais atos coletivos?
ANSELMO:
Brasis 23/05/2006 07:56
Eu terminei a leitura do Arnaldo Jabor no Globo de hoje e encontro sua pergunta.
Recomendo a leitura deste artigo. Pois fora o tom peculiar e o estilo estão ali colocadas as questões que implicam em reconhecermos definitivamente que vivemos em Brasis ,não somos uma patria...talvez nunca tenhamos sido.Neste solo continental estamos prisioneiros de forças sociais distintas, excludentes e com caminhos cunhados por violências de todos os níveis.
Pagaremos os preços de todas as contradições, de nosso alheamento ao processo social excludente que fez nascer nações faveladas,legiões de miseráveis e ilhas de riqueza ...
Impossivel um corpo com tantos contrastes ser sadio, crescer e desenvolver organicamente.
O que vemos não cessará por força ou aparatos de repressão. O comando dos movimentos que ocorrem na clandestinidade tem articulações amplas e o sistema economico global está comprometido com isso.
Em pouco tempo não saberemos mais discernir sobre o sentido da clandestinidade, do banditismo. O crime organizado tem espaço cativo na oficialidade.
CHRISTINA:
"O Fio da Meada" 30/07/2006 06:11
Fala um pouco para nós sobre a comédia romântica que você reestreou há 2 dias, "O Fio da Meada" de Paulo Reis, seu atual trabalho em teatro, com Marta Paret? Que diferenças você apontaria entre a primeira temporada e nessa reestréia, e como o público está reagindo? Há diferenças nesse sentido também? A previsão para ficar em cartaz é de quanto tempo? Será que conseguirei ver em Outubro, quando estarei no Rio?
ANSELMO:
O FIO DA MEADA 31/07/2006 09:21
Há sete anos eu estudo este texto e assim procuro não perder o fio da meada... e neste decorrer eu tive o privilégio de dirigir uma versão que chamamos de Corações na Contra Mão, com Humberto Martins e Paula Burlarmarqui vivendo os personagens Tonho, o caminhoneiro e Rosana a garçonete.
A versão de Paulo Reis recria particularidades do universo de cada personagem tecendo um contexto de referencias brasileiras.Ele manteve o eixo do inusitado relacionamento do original e criou uma comedia romântica.Há uma esperança de quem acredita no amor nesta escrita do Paulo Reis e isso propricia um alento renovador para nós que fazemos e para o publico que interage.
Neste texto atores e diretores encontram a possibilidade da comedia aliada as matizes emocionais dos personagens. Esta grandeza encontramos também nos bons autores que unificam as máscaras teatrais: A comédia e a TRAGÉDIA.
Nesta nova edição finalmente interpreto o TONHO e Marta Paret é Rosana.
Um reencontro auspicioso, repleto de emoções e a parceria da Marta me concede amplo território para improvisações e expontaneidades, bem ao gosto do que venho desenvolvendo como ator e como instrutor de atores.
A direção é de Monica Alvarenga que nos permitiu ter idéias proprias , sobretudo a mim que pesquiso ha tempos este personagem.
Estamos em cartaz no simpatico e aconchegante espaço da Casa da Gávea E ADORARIA CONVERSAR COM VOCÊS AO VIVO quando da ida de vocês ao Fio da Meada.
ANSELMO:
30/01/2006 07:01
É um prazer estar aqui entre vocês e com grande prazer estou respondendo as belas questões apresentadas.
Agradeço a gentileza de terem lido as questões que levantei nas entrevistas e tb nos esboços e fragmentos que tive o cuidado de colocar no meu site.
Minha motivação é justamente essa...abrir diálogos e trocar informações.
Meu trabalho consiste basicamente na produção de afetos. A busca da comunicação , do alterar comportamentos ,de tomar a iniciativa pelo encontro ...e faço isto por uma descoberta pessoal,totalmente afetiva .Como relato na biografia entrevista.
O sentimento, o afeto é uma "função valorativa" diz Yung e aprendi a perceber isto no contato com aqueles que recebem meu trabalho , como também, na própria maneira de produzi-lo e difundi-lo.É um enorme valor para mim, me dimensiona, me renova, me põe a descoberto.
Procuro ser como os antigos Helenos, tendo a arte como um todo. Sem praticar as especializações. Daí escrevo, dirijo, ilumino, produzo, atuo, vendo o ingresso e por aí vai.
Vivemos um periodo de grande transformação .A comunicação tem hoje uma velocidade extraordinária e o tempo é cada vez mais plástico (Cronus ...bela invenção dos Gregos, não?) manipulável...virtual.
Muitos questionamentos estão em curso, Cito o grande trabalho do cientista italiano Domenico Massi em O Ocio Criativo como uma grande referencia para este debate.
Naturalmente teremos que passar por um revisionismo. A Ciência sempre volta atrás...é uma grande qualidade, creio.
Portanto, pessoalmente, não creio que haja falta de temas ou assuntos.Citando novamente o mestre Yung ..."O processo de individuação (totalização psiquica) é circunevolutivo". Para frente, para trás, retornos, avanços..enfim é a grande espiral do desenvolvimento.
Enfim...a vontade de expandir o assunto é grande...e no momento fico por aqui.
abraços
05/02/2006 07:04
Acabo de colocar no ar o Show de Jazz: A Levada do Jazz, com Bia Sion, Dodo Ferreira e Adriano Lisboa no charmoso Espaço Cultural Maurice Valansi
Fiz está indrodução e marketing para justificar que a essencia destas questões aqui abordadas estão colocadas neste show.
Procurei conduzir o roteiro e a fisicalização das ideias musicais, dos significados artisticos e humanos do jazz e dessa gente que o expressou em meio as intolerâncias sociais, como racimos, violências e misérias...
É a busca do "Não Ser". Neste amplo aspecto a "máscara" é um instrumento de aglutinação para que se veja um rosto simbolico capaz de estabelecer a comunicação .As canções são as falas desta "mascara" sua ampliação. No inicio os gregos utilizavam-na com amplificadores.
Vale a pena conferir esta idealização e quem sabee isto não aqueça o nosso debate?
Maiores visualizações em www.anselmovasconcellos.com.br
besos
26/02/2006 00:19
A poesia foi minha primeira expressão, nos verdes anos. Na incrível solidão da adolescencia descobri a companhia das palavras e me inventei em poesias.
Descobri Jacques Prevert ...que me des-cobriu .
Minha primeira namorada veio por uma escrita.Ela se enamorou do poeta que inventei.
A poesia me abriu o portal das artes, eu creio.
há uma essencia poetica nos meus trabalhos.É uma opção inerente.
hoje valorizo muito o não fazer nada, o ócio criativo.O momento de escutar e ceder ao mistério que há no universo das coisas.
hoje quando não quero fazer nada, faço poesia. Aprendi com o Manoel de Barros.
CHRISTINA:
23/05/2006 03:10
Anselmo, na sua opinião, o que exatamente aconteceu em São Paulo? Que tipo os quais tipos de violência se esconderam em tais atos coletivos?
ANSELMO:
Brasis 23/05/2006 07:56
Eu terminei a leitura do Arnaldo Jabor no Globo de hoje e encontro sua pergunta.
Recomendo a leitura deste artigo. Pois fora o tom peculiar e o estilo estão ali colocadas as questões que implicam em reconhecermos definitivamente que vivemos em Brasis ,não somos uma patria...talvez nunca tenhamos sido.Neste solo continental estamos prisioneiros de forças sociais distintas, excludentes e com caminhos cunhados por violências de todos os níveis.
Pagaremos os preços de todas as contradições, de nosso alheamento ao processo social excludente que fez nascer nações faveladas,legiões de miseráveis e ilhas de riqueza ...
Impossivel um corpo com tantos contrastes ser sadio, crescer e desenvolver organicamente.
O que vemos não cessará por força ou aparatos de repressão. O comando dos movimentos que ocorrem na clandestinidade tem articulações amplas e o sistema economico global está comprometido com isso.
Em pouco tempo não saberemos mais discernir sobre o sentido da clandestinidade, do banditismo. O crime organizado tem espaço cativo na oficialidade.
CHRISTINA:
"O Fio da Meada" 30/07/2006 06:11
Fala um pouco para nós sobre a comédia romântica que você reestreou há 2 dias, "O Fio da Meada" de Paulo Reis, seu atual trabalho em teatro, com Marta Paret? Que diferenças você apontaria entre a primeira temporada e nessa reestréia, e como o público está reagindo? Há diferenças nesse sentido também? A previsão para ficar em cartaz é de quanto tempo? Será que conseguirei ver em Outubro, quando estarei no Rio?
ANSELMO:
O FIO DA MEADA 31/07/2006 09:21
Há sete anos eu estudo este texto e assim procuro não perder o fio da meada... e neste decorrer eu tive o privilégio de dirigir uma versão que chamamos de Corações na Contra Mão, com Humberto Martins e Paula Burlarmarqui vivendo os personagens Tonho, o caminhoneiro e Rosana a garçonete.
A versão de Paulo Reis recria particularidades do universo de cada personagem tecendo um contexto de referencias brasileiras.Ele manteve o eixo do inusitado relacionamento do original e criou uma comedia romântica.Há uma esperança de quem acredita no amor nesta escrita do Paulo Reis e isso propricia um alento renovador para nós que fazemos e para o publico que interage.
Neste texto atores e diretores encontram a possibilidade da comedia aliada as matizes emocionais dos personagens. Esta grandeza encontramos também nos bons autores que unificam as máscaras teatrais: A comédia e a TRAGÉDIA.
Nesta nova edição finalmente interpreto o TONHO e Marta Paret é Rosana.
Um reencontro auspicioso, repleto de emoções e a parceria da Marta me concede amplo território para improvisações e expontaneidades, bem ao gosto do que venho desenvolvendo como ator e como instrutor de atores.
A direção é de Monica Alvarenga que nos permitiu ter idéias proprias , sobretudo a mim que pesquiso ha tempos este personagem.
Estamos em cartaz no simpatico e aconchegante espaço da Casa da Gávea E ADORARIA CONVERSAR COM VOCÊS AO VIVO quando da ida de vocês ao Fio da Meada.
Atualizado em: Sex 19 Set 2008