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Eu sou a palavra.

Busco encontrar a real essência da vida, procuro-a por todas as partes e entranhas dos meus sentimentos, mas não consigo encontrá-la. Não no sentido de essência sobre o porquê vivo, mas sim a essência sobre porque escrevo, para quem e sobre o que. Só sei que necessito continuar escrevendo, não pelos outros, não pelo mundo, preciso continuar por mim mesma, para tentar encontrar o sentido do encanto e do êxtase que as palavras me dão. Busco transformá-las sempre em ternas e doces, mas elas sempre acabam sendo reflexo de sentimentos amargos e frios, mas eu necessito delas para viver, como se fosse a minha condição de sobrevivência: “sem palavras, sem vida!”. O meu coração se refugia em minhas lágrimas de grafite, a minha alma se aquieta e o meu ser por inteiro anseia por mais. Eu necessito daquilo que escrevo, eu necessito criar a minha história com palavras, viver aquilo que eu não vivi, estar onde eu não posso estar, preciso escrever para me transportar para fora do meu mundo real, para ultrapassar as fronteiras do que me é concreto, para transformar meus sonhos em possíveis realidades. Fora de mim eu realmente me completo, me equilibro, muito mais além do que as minhas canetas compõe no papel, eu sou o desabafo daquilo que escrevo, eu sou o reflexo dos traços que se formam no papel, das palavras que se formam a cada respirar meu, da inspiração que transborda a cada batida do meu coração. Minha essência se encontra distante demais para ser compreendida por mim, mas quando escrevo consigo encontrá-la tão próxima de mim que posso até tocá-la, tocá-la com a ponta do grafite que dança sobre o papel.

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Atualizado em: Qui 12 Set 2013

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