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Ponto de Luz

Não era aquele tipo de menino que colecionava borboletas para enfeites de natal, ele colecionava sonhos. Sonhos que ninguém soubera onde ele guardava, pois seu tamanho não representava uma estrutura igual a outros de sua idade. Diferente sempre fora, pequeno, olhos da cor de um céu utópico, mãos comuns, pés mais largos. Mas havia algo que ninguém conseguia imitá-lo: As suas asas! Talvez esta fora o princípio que o levou a voar na imaginação, ou não. Mesmo assim, havia algo que ele nunca conseguira alcançar, embora tivesse asas. O seu sonho de ser eterno. Eterno não do modo: imortal. Eterno no coração de quem conseguisse vê-lo. Mas isso era o difícil. O problema não era a estatura, e sim, os olhos de quem o procurava. Para ser especial do jeito que ele fora, era necessário que apenas outras pessoas especiais diferente dele o visse. Mas onde estava o dom mágico para isso? Então, no mesmo instante que lembrou-se que suas asas não o levava para aquele sonho, notou que o problema não estava nos olhos ou nas asas... E sim, no que cada um mantinha dentro de si... Era o amor, aquele que pode fazer quaisquer olhos e qualquer asa enxergar e alcançar o que deseja se tiver imaginação. O segredo era acreditar e amar. Mas poucos conseguiam. As pessoas eram e ainda são ocupadas de mais com coisas sem valor; com prazeres que se vão e esquecem-se da essência que elas levam consigo: Aquele pontinho de luz no fundo da alma. Embora brilhe fraco, ele ainda brilha, mas não o suficiente para enxergar o pequeno ser que espera o momento para alguém o vê-lo.

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Atualizado em: Qua 11 Abr 2012

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