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Celebração à Vida.

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O sol abrilhantava a floresta, espalhando seus raios multicoloridos por entre as ramagens das árvores, delineando contornos suaves por entre suas copas, formando um espetáculo magnífico diante daquela vida latente que despertava preguiçosamente naquela manhã.

 Lentamente infiltrando-se por entre as rochas, nas cavernas, ou até mesmo pelo subsolo, preenchendo com seu brilho, todas as trilhas e os esconderijos mais secretos dos animais. Ouvia se aqui e ali, o sibilar de alguns animais rastejantes, misturados pelo canto alegre dos pássaros em meio á uma diversidade de sons emitidos de todas as partes que se confundiam aos ouvidos humanos não se podendo distinguir de onde provinham, porém tornando-se coro belíssimo da diversidade da vida existente ali.

À medida que avançava mata adentro, era como se milhares de olhinhos astutos de todas as cores, formas e tamanhos observassem quem por ali passasse. Era uma sucessão de corpos, pelos e cores que se emaranhavam por entre os galhos, se esgueiravam ou se assustavam fugindo ou se protegendo de qualquer presença que julgasse ameaçadora. Iam se embrenhando por entre as rochas, túneis ou esconderijos previamente incrustados no coração da verde mata.

Por entre os animais, havia os que se destacavam por terem orelhas grandes e pontudas e grande quantidade de pelos no corpo, de comportamento alegre e extrovertidos, estavam sempre a dançar e a cantar, independentes das funções a desempenhar.

Muitos outros de pele cinza e cabelos longos das mais diversas cores como violetas, azul, vermelho ou até mesmo branco, com narizes redondos, olhos aguçados, pequenina estatura transpassavam por entre as rochas e paredes de pedra, como se atravessa o ar, com tamanha facilidade e desenvoltura a elaborar suas tarefas rotineiras de acompanhamento e ajuda aos animais e seres desamparados, dando prioridade ao trabalho noturno.

Enquanto que outros manipulavam redes gigantescas de uma cor prateada meio que translúcidas inseridas de matérias densas pouco visíveis a olho nu, como que a reciclar esses elementos, transmutando em cores e formas variadas, para um novo renascer em meio à floresta, em perfeita harmonia com a natureza e todos os tesouros que nela se encontram.

Enquanto a vida corria célere nessa manhã primaveril, outros serem irrompiam á floresta tais como bolas e línguas de fogo desimantando tudo que havia pela frente, reduzindo a cinzas o que lhes transpassava ao meio, e na medida em que avançavam, chamuscavam os arbustos, lançando raios longínquos que se atingidos por espécie humana, ofuscariam a visão.

Com poder de tamanha transformação que desencadiavam tanto emoções positivas quanto negativas, chegando a bloquear energias negativas ou não produtivas suscetíveis aos corpos humanos. Iam purificando através da incineração os detritos de tudo que encontravam no caminho, permitindo assim o retorno dos respectivos elementos ao Sol para uma repolarização, conduzindo formas de vida, transmutando-as, tranformando-as.

Assim, seguia o espetáculo divino, com regente ainda menino, no seio da amada terra, que mesmo massacrada, não se faz triste e ainda resiste, seguindo firme nesse concerto divino, a apresentar-se ao palco evolutivo desse planeta denominando Vida.

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Atualizado em: Sáb 30 Jun 2012

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