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Contrição de um filho

Minha mãe, desde quando

A senhora vem lutando,

Para me fazer feliz?

Se eu não tenho felicidade,

Não é por sua vontade,

Foi a sorte que não quis.

 

Desde quando era menino,

Quando eu era pequenino,

A senhora por mim sofria,

Pois velava a noite inteira

Junto à minha cabeceira,

Quando eu adoecia.

 

Hoje sou homem criado,

Tenho o espírito formado,

Já posso compreender:

Que, com a minha inocência,

Cometi tanta imprudência

Que muito lhe fez sofrer.

 

Mas, contrito, me confesso,

De joelhos eu lhe peço

E imploro o seu perdão...

Que não foi por crueldade

Que lhe fiz tanta maldade

E tamanha ingratidão!

 

Minha mãe, eu lhe agradeço,

Porque sei que não mereço

O perdão que vai me dar.

Em minhas preces todo dia

Pedirei à Virgem Maria

Para lhe recompensar.

 

O que a senhora fez comigo

Eu sei que não consigo

A recompensa lhe dar;

Os conselhos que me deu,

Todo o bem que aconteceu,

Só outra mãe pode pagar.

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Atualizado em: Ter 3 Nov 2009

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