- Minicontos
- Postado em
ARTES E ESTRIPULIAS
Andando pelo caminho de minhas memórias, estou sempre a procura de algo diferente.Principalmente esta geração que não fez arte e como se diz, estripulias.
O Tempo passa e as brincadeiras de criança vão mudando. Mas aquele passado não pode ser esquecido.
Numa pequena cidade do interior de Minas, havia um menino muito arteiro. Só que as artes dele eram muito inteligentes e fazia muita gente da cidade quase morrer de susto. Cada dia ele aprontava uma.
Numa tarde fria, ele entra no quarto de sua mãe pega um lençol branco, sem ninguem perceber, sai pé ante pé.
Um pouco acima de onde ele morava havia uma casa bem grande. E como era muito esperto entrou e viu que só a dona Mariana estava a dar uma grande cochilada, ele lentamente entra no quarto, colocando em cima da senhora aquele lençol branquinho, e rápido como ele era, pega as velas que trouxe , colocando em volta da cama todas velas acessas.
Dona Mariana nem se mexeu pois ele foi silencioso. Ele correu para a rua e gritava para todos que ela havia falecido. Como toda cidade do interior, todos vão correndo para ver o que estava a acontecer. Entrou na casa dela muita gente, algumas com o terço na mão, rezando.
Logo com todo aquele barulho ela acorda e grita feito louca, o povo sai correndo, onde já viram uma morta levantar?
Passado o susto, perceberam que era arte do menino. Levando umas grandes palmadas mas nem ligou e disse para a mãe: Pode bater porque vai arrepender vou fazer outra bem pior.Depois de alguns dias vai uma prima passar uns dias na casa dele,era férias . E o arteiro ja estava a matutar o que ia fazer de errado. Seu pai tinha um bar ao lado da casa. Como a cozinha da família era próxima com o pequeno bar.Ele gostava muito de tocar sanfona, chegava a noite ia muita gente para ouvir.O danado era bom mesmo, tocava e era muito aplaudido.
Naquela noite ele ja estava preparando a surpresa. Depois que todos fregueses foram embora e seus pais foram dormir, ele foi no quarto da prima, como assim até hoje é chamada. Tinha ela 12 anos. Saiu do quarto com o primo e foram para o buteco. Ele sabendo o que ia acontecer, apronta.
Passou a labia na prima e de brincadeira começaram a beber, bebida doce e bem gostosa, só que ela não tinha noção do final. Lá pelas tantas, ele conseguiu embriagar a prima por completo, deixando ela dormir na mesa do bar.
Quando sua tia levantou a grande surpresa a sobrinha dormindo bebâda, completamente. Diziam que ele ria feito louco e a coitada acordando de um grande porre.
Sua tia brava, a menina apavorada, sentindo uma zoeira louca. Nem brigar ela conseguia, mas também aproveitou e divertiu-se vendo o primo apanhar.
Por uns dias ele na paz ficou, só que o famoso sanfoneiro arteiro ainda vai aprontar muitas.
Aguardem que ele volta.