- Sonetos
- Postado em
ROMEU GOIANO
"Como um pardal que cisma e bate à porta
para vir falar do irmão da cunhada,
eu quis também conhecer essa fada,
antes que digam que Inês já é morta.
Penetrei. Ela, meio encabulada,
fez que sorriu de sua boca torta,
pegou-me pela mão, gemeu: — S'importa?
vamos prá horta que é mais sussegada...
E eu achando que a coisa ia dar pé,
segui a lorpa até um pequizal...
Mas qual! com um sorriso de jacaré,
a jeca deu-me um balaio, uma esteira,
e eu fiquei ali naquele quintal
só catando pequí – a tarde inteira!!!"
Atualizado em: Sáb 30 Jan 2010