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VERDE E AMARELA

Vejo-te entre cinismos esmiuçados,

perdida em palavrórios ôcos, inconsúteis,

com um bando audaz de ladravazes e inúteis

que esquecem que já estão com seus dias contados.

 

Se podre é a luz que ilumina esses fúteis

objetos teus de culto, degringolados

de andaimes corrompidos dos êrros passados,

são qual braguilhas fechadas em dias úteis,

 

que só se abrem às mãos mais erradas. O temor

que ascende dos mêdos surdos que saem às ruas,

corrói tua lucidez e, com o girar das luas,

 

dilata as malhas de onde se vê o estertor

das ambições insaciadas. E que, na dor,

te empurram até o osso igual das tardes nuas.

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Atualizado em: Sáb 30 Jan 2010

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