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A representatividade política

A cultura infeliz de aprender através do sofrimento colocou novamente a humanidade em meio à guerra e à peste, simultaneamente. 
Dessa vez há muito menos natureza para ser destruída, uma população muito maior para ser devastada e material bélico-nuclear com potencial de destruição total na mão de gente sem juízo ou qualquer escrúpulo. 
Quem chegou até aqui na condição de cidadão médio, depois de uma vida planejada para o sossego na maturidade, por exemplo, vê tudo ir por água abaixo, e estável na invariável condição de escravidão e submissão, tem apenas o lamento como recurso. 
Chegaram até aqui sob uma ilusão plantada e imposta por governos, que nunca serviram para representar interesse popular algum, e sim para organizar a massa como rebanho passivo. 
E a cultura infeliz de aprender com sofrimento nunca ensinou a maioria a se rebelar contra esse sistema consagrado como opressor, e ainda se discute sobre quais políticos devem ser os próximos a assumir o poder de oprimir, escravizar e matar. 
No Brasil, com a bizarra crença de que há de fato alguma democracia, temos, eleição após eleição, a maioria não aprendendo nem mesmo através do sofrimento.  
Ainda são poucos os que simplesmente deixam de votar como forma de protesto pela falta de opções para qualquer tipo de mudança favorável, ainda que a abstenção devesse ser considerada uma manifestação válida como um voto. 
A cada eleição, há o debate e a busca pelo suposto menos ruim, que eleito, em pouco tempo revela ser, através do sofrimento das massas, o pior.  
Ao assumir o poder se incorporaram à uma máquina venal e esmagadora de seu próprio eleitorado, muito mais poderosa do que qualquer discurso eleitoreiro que aponte para qualquer possibilidade mentirosa de mudança. 
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Atualizado em: Qua 2 Mar 2022

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