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A classe política
A mentalidade verdadeira de políticos, com toda sua sordidez e venalidade, só choca o eleitorado quando um sujeito, em pleno exercício do mandato, tem áudio vazado e tornado público, expressando o que realmente pensa e faz.
É surpreendente que a maioria da população ainda se assuste ou se surpreenda com essa realidade histórica, que vem à tona apenas eventual e eventualmente.
Aproveitar-se da vulnerabilidade de vítimas de qualquer guerra, é prática recorrente da classe política parasitária, que por conta de um sistema que a protege jamais terá seu comportamento ajustado aos moldes de qualquer ideia de justiça ou decência.
Essa gente só acerta quando acusa seus inimigos políticos de também serem crápulas desumanos.
O mercado também se aproveita da mão de obra por esta ser fácil e barata por se tratar de uma população pobre, desesperada e sem esperança.
Num caso ainda mais extremo, temos o sujeito fazendo esse tipo de referência a mulheres refugiadas de uma guerra em que o mundo todo perde. A impunidade e o rápido esquecimento garantem a perpetuação dessa vergonhosa realidade.
Esse caso específico é tão absurdamente escandaloso que merece não apenas um texto só para ele, mas também um tipo de punição que o torne histórico e inesquecível no que diz respeito à representatividade política.
Lamentavelmente, não é a todo momento que áudios são vazados para servirem de provas que tornem públicas as atrocidades às quais eleitores e contribuintes estão permanentemente expostos.
Há uma candidatura ao governo do estado retirada, mas ficam os outros candidatos, para que um deles dê sequência ao circo de horrores que poderia começar a ter fim com o boicote à eleição por parte dos eleitores, que poderiam simplesmente não comparecer às urnas.
Não apenas por falta de opções decentes, mas por causa de uma engrenagem corrupta que vai continuar em movimento, independente dos nomes escolhidos para cargos públicos, que são um ralo para o dinheiro pago por pessoas que não podem pagar nem mesmo por suas necessidades mais básicas de sobrevivência.
Para a falta de qualquer outra alternativa, é preciso que a abstenção tenha a mesma legitimidade dita democrática do que um voto válido e presencial.
Atualizado em: Seg 7 Mar 2022