A crônica dos amores não amores

 Na era do amor líquido, o que classificamos por amor e relacionamento?

É um pouco delicado lidarmos com essas questões na atualidade onde até mesmo os relacionamentos virtuais já estão saturados. Eis a questão, saturados de quê? Saturados das mesmas conversas, do modo operante que não muda, da falta de troca de sentimentos reais, do alivio imediato que cada vez mais vai criando um vazio de sensibilidade amorosa, a que ponto chegamos e constantemente nos sabotamos no nosso sentir, no nosso viver e no nosso ser.

Eis que chegou a era da sabotagem emocional onde cada vez mais se percebe que devemos voltar a algumas práticas antigas nas nossas interações sociais de convivência e troca emocional, hoje muito se fala que enviar um nudes ou ter uma conversa picante virtualmente é um ato de coragem, talvez até seja mesmo, a partir do momento que você já teve coragem suficiente para estabelecer um relacionamento estável, seguro e pleno de sentimentos reais.

A dica do momento é: se permita sentir, se permita ser, se permita viver do que é real, do que lhe preenche e do que lhe faz crescer emocionalmente, solta um pouco teu tão querido smartphone, ele é útil, mas viver experiências de trocas humanas reais vai te fazer mais feliz e completo, e é quando se percebe que em todos os cantos que você estiver vai ter amor batendo ali para lhe preencher... seja em um abraço de um amigo, seja em um eu te amo aos seus pais, seja em um oi dado a um desconhecido.

É isto, a nossa maior carência não são os sentimentos perdidos, mas sim a sabotagem que nos permitimos para não os sentirmos, estamos todos cheios de amor para dar, mas não o conseguimos compartilhar mesmo querendo que nos aconteça! A realidade é que para muitos o amor ainda é piegas e corajoso daquele que realmente se permite viver e sentir.

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