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Tony Curtis

1.80 de altura, corpo distribuído como manda o figurino, bonitão, cabelos negros encaracolados, olhos muito azuis e nem um pingo de barriga.

Boa pinta é apelido.

Ele foi famoso na sua região como o Tony Curtis do serrado brasileiro. O cara mais bonito que apareceu em Barra da Corda, perto de Carinhanha no interior da Bahia.

Ele já foi estudado por antropólogos de todo mundo. Saiu em revistas médicas em Estocolmo na Suécia. Como se o cara fosse uma aberração ou produto de algum aventureiro sueco metido nos rincões morubixabas.

Não podia ser verdade. Como pôde nascer um Adônis, seguidor do Antonio Conselheiro, em pleno sertão.

Chegou à cidade de São Paulo aos 30 anos. Realizando um sonho de menino. Como os americanos sonham um dia chegar a Hollywood.

Eram lindas histórias contadas por conterrâneos vindos de São Paulo para visitar a família, aproveitando as férias de 10 anos de trabalho forçado, na paulicéia acolhedora e divertida.

Dinheiro, carros e mulheres de montão etc. Ele viajava nas imagens e nas aventuras contadas. Ou seriam apenas cascatas para amenizar a frustração do sonho ainda não realizado desses queridos desafortunados?

Um dia ele partiu para despertar do sonho. E, ao chegar à São Paulo foi tomado de tamanho choque de pânico que não conseguia sair da rodoviária.

Dois publicitários, que tinham horror a aviões, e, desembarcavam na rodoviária vindos do Porto Alegre, foram avisados da aflição do Tony pelo motorista particular que os esperava, e resolveram ajudar.

O motorista dos dois jovens bem sucedidos, seus patrões, conhecia a fama do parceiro do Robert De Niro e do Robert Mitchum no filme “The Last Tycoon”, do livro do Scott Fitzgerald’s, dirigido pelo senhor Elia Kazan, por ser da mesma região do Tony...

“Quando era miúdo, no Bronx do início dos anos 30, em plena Grande Depressão, Bernard Schwartz - que mais tarde viria a tornar-se famoso em Hollywood com o nome de Tony Curtis - aprendeu a desviar-se dos murros dos outros garotos e das pedras que lhe eram atiradas nas guerras de gangs para proteger o que tinha de mais valioso: o rosto.

Nascido em 1925, filho de imigrantes judeus vindos da Hungria, Tony Curtis teve uma infância difícil. Vivia com os pais e os dois irmãos numa casa ligada à loja onde o pai trabalhava como alfaiate. Contou várias vezes em entrevistas que a mãe lhe batia freqüentemente (mais tarde, soube-se que Helen Schwartz sofria de esquizofrenia, tal como Robert, um dos irmãos de Bernard/Tony). A América estava mergulhada numa grave crise econômica, e a família Schwartz foi profundamente afetada - durante algum tempo, Tony e o irmão Julius tiveram de ser colocados numa instituição, porque os pais não tinham dinheiro para os alimentar.

Tony Curtis alistou-se depois na Marinha e assistiu à rendição do Japão em 1945. Quando a guerra acabou, regressou a Nova Iorque e inscreveu-se numa escola para aprender a representar. Teve como colegas, entre outros, Walter Matthau, mas foi a sua cara bonita que primeiro chamou a atenção dos agentes cinematográficos. Em 1948, assinava um contrato com os estúdios da Universal e mudava o nome para Tony Curtis.

- Os filmes deram-me o privilégio de ser um aristocrata, de ser o príncipe."

...Qualquer dia eu conto o final da história do nosso Tony Curtis.

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Atualizado em: Sáb 9 Out 2010

Comentários  

#2 acsantiago 03-01-2011 18:06
Citando rackel:
Não conhecia essas facetas do Tony Curtis, mas sei de montão da tua habilidade como contador de histórias e da generosidade em nos presentear com tuas pérolas. Adorei.

Você que é generosa. Amiga Rackel.
#1 rackel 03-01-2011 07:53
Não conhecia essas facetas do Tony Curtis, mas sei de montão da tua habilidade como contador de histórias e da generosidade em nos presentear com tuas pérolas. Adorei.

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