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Bons tempos de criança
E qual a essência da vida? Quando se envelhece essa é a pergunta que se faz.
Desde o dia que nascera o que aprendera até agora?
Lembro dos dias fáceis quando a tarde se resumia a desenhos, a manhã era a telinha da TV,
e depois do almoço vinham os sonhos; era o padrão, não tenho detalhes, pois não o lembro com clareza.
Sei que alguns anos a mais era correria sem fim, inocente, não precisava de motivos;
carrinhos ganhavam velocidade e era o melhor de todos os pilotos,
o vento que vinha me fazia voar e considerava-me livre, independente.
Claro quantas discussões tive,
e das tantas me arrependia depois ou se não fosse o caso fingia a mesma só para voltar a brincadeira.
Mas com a idade veio à responsabilidade que tanto cobiçava e achava que tinha,
não podia mais deixar argumentos inconstrutivos, quiçá a vida voltasse a ser fácil.
Com os anos veio o xodó, quantos escurinhos já visitei e à quantas já jurei amor, quando nem sabia seu significado...
Bons tempos aqueles e agora me resta memórias, memórias cheias de filosofia, carinho, desenhos, e só felicidade,
mesmo porque os problemas estimados na época não se fazem comparações aos problemas de agora, e devíamos deixá-los mais de lado.
Porem criança só é criança, quando já chorou por não dormir a noite, precisava de que lhe dessem comida,
já disse que era adulto e acreditava fielmente nisso, ou já disse amar alguem sem saber seu significado.