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Pensamentos das horas vagas

Como nasce ou de onde vem aquele pensamento que aparece quando se está sem nada pra fazer e que toma toda a nossa atenção? E ainda deixa tempo pra uma coçadinha?

Nessas horas é comum questionar, principalmente, a dureza da vida, a vida dura...

Como a vida de cão vira-lata, que percorre, com fome, as ruas, de dia, de noite, de madrugada... Cheirando e furando sacos de lixo, assustando-se com pessoas e carros. E principalmente, com a chegada de outro cão vira-lata, grandão, pesadão, com aquele latidão... E que nem bem chega e vai logo cheirando e se ouriçando com o traseiro do outro, mais fraco, que se não fica esperto e mostra o tamanho dos seus dentes e luta pelo seu bem precioso, acaba sem nada...  Que vida dura!

A vida dura também passa a ser questionada quando se vê um corpo estendido na calçada, logo de manhãzinha... Ainda que esse corpo seja o de uma ratazana, comum em lixão, em esgoto. Como é que uma tremenda ratazana aparece morta em pleno calçadão, se ali ou nas proximidades, nem tem lixão e nem bueiro e esgoto sem tampas ou a céu aberto? Lembro-me de certo dia, com uma espingarda de chumbinho ter matado uma dessas: eu e ela, frente a frente, olhos nos olhos... Foi só um tiro, só um som seco, pra ratazana virar a barriga pra cima... Que vida dura!

Mas, a vida pode não ser dura pra aquela barata caseira... Provavelmente, deve ser melhor estar numa casa que andar pela rua arriscando o traseiro. Ou aparecer morto, sem amparo, como um desconhecido, um indigente, em um calçadão qualquer.

Se for uma barata-macho, tem muitas opções: andar pelos cantos dos armários, cheirando temperos, bolos, pão, achocolatados, latas, óleos, sabão... E assustar as mulheres, as donas das casas. Fazê-las gritar, espernear, chamar pelo mundo e até fazê-las subir nas cadeiras... Com seus vestidinhos, larguinhos ou justinhos, levantados. Hummm... Porém, o risco maior pra essa barata-macho caseira, pode ser ficar frente à frente com uma fêmea humana que não tem medo de barata-macho. Aí, numa vassourada ou num jato de inseticida, acontece o “gran finale” de uma vida barata. Que vida dura!

Das durezas da vida, a maior delas deve ser a vida dos vegetarianos, que por conta da vida vegetal, não comem carne branca, vermelha... De qualquer cor. Nem a caseira?

Para acabar com esses pensamentos, que costumam aparecer nos momentos de desocupação, o melhor é procurar alguma coisa pra fazer. Como neste momento...

Então, eu vou é caçar algum “trem pra fazê”.

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Atualizado em: Qui 23 Maio 2013

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