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Desenrolo-me e enleio-me em mim mesmo.

Invade-me uma cegueira, um olhar para dentro, insano, demente, avesso a mim mesmo. É nevoeiro pacifico por fora, massacre interior que esconde tempestades de implacáveis agulhas afiadas.

Não é incerteza, esta fina fronteira de emoções que derrubo num simples suspiro!

Serei eu mesmo, sem véus, toda a metáfora criada por detrás da paisagem de mil cores que sou, ora em pinceladas ténues e delicadas, ora em pinceladas firmes e dolorosas de outras tantas mil cores por inventar...

Incompletos tempos perdidos, misto de madrugadas infindáveis em dias que morreram antes de vividos. Intermitente mistura de manhãs de sol com longas noites de insónia apertada. São vendavais de sensações que me fustigam a doçura da alma.

Desenrolo-me e enleio-me em mim mesmo, leio-me novelo de alma com tantos começos e tantos fins como goticulas minusculas e acutilantes tem o nevoeiro pacífico onde enganosamente me refugio...

Ah...!! Atrevia-me a chamar-lhe medo se coragem fosse o meu nome, mas não é...!
E como doem as picadas no trespassar da máscara...!

Como doem...!

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Atualizado em: Sáb 22 Mar 2014

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