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O NONO MANDAMENTO

São 19:45, estou na esquina da rua onde outrora eu morava, fico ali todos os dias para rever velhas amizades, bater papo com os amigos e jogar conversa fora, mas o principal motivo vem ali chegando do trabalho, descendo a rua, linda, faceira, divina, iluminada como se um feixe de luz da lua a envolvesse mesmo sem ter lua. Todos a veem, mas só eu com as nuances do coração. Um tanto inquieto e apreensivo, as mãos suando, meu coração já não bate, apanha.

Cumprimenta a todos com um oi pessoal!!, mas só a mim ela estende a mão, me olha nos olhos e quase num sussurro me pergunta, como está você? Respondo; feliz e já com saudades. Ainda seguro sua mão, com uma certa pressão mas com carinho, como se quisesse misturar nossa cumplicidade através desse gesto. Sei que é recíproco, mas estamos tolhidos a amar em silêncio, a viver à sombra desse sentimento. Qualquer que seja nossa escolha, o preço a pagar é um tanto alto pois alguém sairá machucado; ela é como a fruta do mandacaru; linda, cheirosa, gostosa, mas cercada de espinhos.

Sei que é pecado, mas este é um pecado que cometo com prazer, não tenho que me negar ao amor, não me arrependo, por tanto não pedirei perdão a ninguém por esse amor, nem a sociedade, nem ao seu marido, nem a Deus. Pois sei que esse amor é verdadeiro, é correspondido, é forte, é pra sempre!!!  ... e mais um dia.

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Atualizado em: Dom 31 Ago 2014

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