- Prosa Poética
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O velho
Diante da janela, percebia sua solidão em sua poltrona diante da Tv. Observava passagens da vida ou estaria ele distante de tudo e todos? Todos os dias a mesma rotina. O velho e o abandono.
Por que estaria aquele homem idoso , prendendo minha atenção? Parecia uma fixação sem sentido, mas diante da janela estava o velho. Sentei-me refletindo e contemplando a imensidão e percebi que minha angústia era o abandono daquele homem que não parecia ter ninguém ao lado.
Quando dei por mim, estava assistindo a vida que não me pertencia mas que muito me dizia. Preocupava-me com aquele homem como se um laço invisível nos unisse. Observava se ele havia desligado a TV, se fechou as janelas, apagou as luzes e me tranquilizava quando via que ele não estava sozinho.
Quem era eu naquele momento? Um anjo da guarda?
Depois de muito pensar , começaram a voltar minhas recordações, avô, pai, e eu sozinha, mesmo cercada por muitos familiares.
Aquele velho era eu mesma ! Eu no futuro ou talvez no presente.
Janela indiscreta! O velho nem por um instante podia imaginar que diante dele uma mulher seguia seus passos com o mesmo afeto que sentiu um dia em seu passado quando sozinha em seu quarto temia seus fantasmas.
O abandono e a solidão me afetam e me aterrorizam, apesar de saber que terei que conviver com esta realidade. Cada dia que passa percebo que tenho que me desapegar e me tornar dependente de mim mesma.
Enquanto isso, escrevo este texto e observo o velho, a solidão e o medo de ser abandonada.
Por que estaria aquele homem idoso , prendendo minha atenção? Parecia uma fixação sem sentido, mas diante da janela estava o velho. Sentei-me refletindo e contemplando a imensidão e percebi que minha angústia era o abandono daquele homem que não parecia ter ninguém ao lado.
Quando dei por mim, estava assistindo a vida que não me pertencia mas que muito me dizia. Preocupava-me com aquele homem como se um laço invisível nos unisse. Observava se ele havia desligado a TV, se fechou as janelas, apagou as luzes e me tranquilizava quando via que ele não estava sozinho.
Quem era eu naquele momento? Um anjo da guarda?
Depois de muito pensar , começaram a voltar minhas recordações, avô, pai, e eu sozinha, mesmo cercada por muitos familiares.
Aquele velho era eu mesma ! Eu no futuro ou talvez no presente.
Janela indiscreta! O velho nem por um instante podia imaginar que diante dele uma mulher seguia seus passos com o mesmo afeto que sentiu um dia em seu passado quando sozinha em seu quarto temia seus fantasmas.
O abandono e a solidão me afetam e me aterrorizam, apesar de saber que terei que conviver com esta realidade. Cada dia que passa percebo que tenho que me desapegar e me tornar dependente de mim mesma.
Enquanto isso, escrevo este texto e observo o velho, a solidão e o medo de ser abandonada.
Atualizado em: Qua 15 Abr 2009