• Prosa Poética
• Postado em Jul 11, 2011

Filho Pródigo...

Ajoelhei-me, fechei meus olhos e silenciei meus lábios,

não tinha nada para pedir nem para mim e nem para os outros.

 

Egoisticamente, fiquei apenas pensando em todos os últimos acontecimentos e chorei copiosamente...

 

Ajoelhado, não consegui forças para erguer-me,

continuei prostrado a teus pés, chorando,

jaz a mercê de perguntas que não desejo respostas,

mas, mesmo assim indago para provocar...

 

Fiquei ajoelhado, remoendo angústias,

me autoflagelando, blasfemando em pensamentos.

Disse certa feita estar magoado com o Pai

e assim me sinto, profundamente magoado...

 

Compreendo muito bem seu querer, mas sou falho, quem não é?

Sei também que blasfêmia não há perdão, mas quem nunca blasfemou?

Entre meus pensamentos as únicas frases que pronunciei em boa tonalidade foram:

 

- O Sangue de Jesus tem poder; e

 

- Tem misericórdia...

 

Com o rosto encharcado, supliquei por forças e consegui me levantar,

de pé, olhei teu altar e sai...

...saíe não consigo voltar...

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