- Prosa Poética
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A primavera do amor
Que saudades daqueles tempos ditosos
Do ar seco e da brisa morna a luz do meio dia
E de você e eu
Ali a sombra da figueira
Deitados no colo um do outro
Ouvindo o murmúrio dos pássaros ao longe
E o riacho que corria mais a frente
Eis-nos ali
Sentados a verde relva
Contando coisas e cousas
Ao pé do ouvido
Daquela imponente
E majestosa árvore
Quão bela tarde
Vivemos naquela primavera
Naquele alvorecer
De nossos instintos
Mais primitivos de amor!
Quão deliciosos foram aqueles dias
Tão saborosos cheios de vida
E que importava o futuro da nação
O que importava o fim da abolição
Não que tudo não fosse
Absolutamente importante, sim era!
Mas quando se jaz
No colo de sua amada eterna
Tudo o que se espera
É que o ar entre em seus pulmões
Para que mais um dia possa viver
Para sempre contente lhe ouvir dizer
O amor que tens ao meu viver!