- Prosa Poética
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Anseios de uma noite fria.
Temos o poder da palavra,
Sabemos que não sabemos nada,
Continuo no mesmo caminho
da palavra.
Tuas músicas batem como uma dor
que nem teus beijos de uma noite
São curadores,
Eu sou o frio
E sinto calor.
Não sabia o que poderia acontecer
E você levou a última parte de mim
antes de amanhecer,
Meu segredo não era mais meu,
Você fechou as portas e me levou
E eu ainda não sei o que aconteceu.
Estou vivendo em duas noites,
Ontem e hoje,
Duas lembranças e em todas
você está com o teu sorriso
que fere quem não entendea vida.
Quero sentir mais um sorriso,
mais um.
Eu como sempre estou indo
para nenhum lugar,
Mas sei que um dia vou chegar
E vou poder te amar.
Todos os dias são os últimos,
Cada dor a próxima é a pior,
Nada levei para não trair os meus instintos,
Sou o grande e o pequeno
Ordinário do meu destino.
Estou de passagem,
Não vou ficar, quero a tua viagem,
Pois ficarei perdido em prazeres
E acharei o amor escondido há anos
Forjado para o esquecimento
de todos os outros.
Quero me quebrar em você
E nada de consertar!
Sou melhor assim...
Ainda lembro...
Do teu deleite em olhar a noite fria,
Ainda lembro que estou distante
da tua moradia.
Ainda vou reencontrar o sabor
das tuas palavras faladas
que são flagradas pelo olor
e lentamente testemunhadas
pela loucura consumida por amor.