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Á DERIVA

Era só um barco
ancorado
num porto qualquer.
Era só um barco
antiquado,
bastante estragado
sob o temporal.

Era só um vagabundo
estranhando o mundo.
Puro desprazer!
era só um insensato
sem teto, sonho, paz, fato.
Um insípido sobreviver.

Era um barco sem cais,
um indivíduo sem paz
no meio do nada.

Um homem, um barco!...
sonhos mortos
planos tortos.

Um homem jamais...
um barco nunca mais...
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Atualizado em: Sáb 14 Mar 2009

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