- Poesias
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Cisco
Para não perdero costume, rabisco.
Cato um verso
no fundo do poço,
na corda bamba
que segura a vida;
no fio de esperança
minúsculo; no cisco
que eu pisco
e não sai do olho.
Caço um pontinho de luz,
um vaga-lume que seja
na noite de amargura.
Não bebo mais
mas o gelo da cerveja
escorre dentro de mim
e na loucura
das noites insones
caço um motivo
para sorrir;
algo para festejar
e o poema se faz
fugidio. Não escorrega
pelos meus dedos.