- Poesias
- Postado em
DAS ÁGUAS
Águas do adormecido, árvore de ausências,
horas sem ribanceiras,
tua eternidade uma noite findará.
Tu, que és ausência em tuas marés
acolhe minhas vontades vestidas de sonho
e que tem gosto de frutos que caem.
Que nome terá esse novo dia, alma minha,
essa espuma de memória mosqueada de areias negras ?
Nas águas do adormecido
as luzes se enganam,
e no arco do dia,
da alagaravia de pássaros tantos,
as lembranças se calam.
E a roda torna a girar.
Atualizado em: Sáb 30 Jan 2010