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BROTAR

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Quantas vezes de alma em andrajos, arremessada ao chão
decidi assim me deixar
e parar de lutar em vão.

Quantas vezes a me acabar
o vento rude fustigou minh'alma
e assim me deixei sangrar.

Quantas vezes me vendo cair,
pés brutais pisotearam-me
e eu me deixei ferir.

Mas, ah!

Quantas vezes do charco vil,
obriguei-me a ressurgir
como as bétulas entre a neve
anunciando alegres, um dia primaveril.

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Atualizado em: Qui 11 Fev 2010

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