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Relógios
São três
Um passa por dois
E marca seis
Ou cinco para uma.
Vai marcando ponto a ponto
De ponta a ponta
O traço que marca redondo.
Uma e meia,
Um dia inteiro,
Todos os dias,
A vida inteira.
Tranquilo...
E nós?
Meio moribundos...
Vão os três!
Em segundos,
Em horas,
Em minutos,
O tempo mudo,
Ninguém o ouve chegar.
E quando se vê
Foi-se.
Foram-se as horas,
Foram-se os risos,
Foi-se a solidão.
Já não há mais tempo
Para perdões, nem lágrimas,
Não há mais farsas, nem mais ilusão.
E os três, no relógio de parede
Olham com certa satisfação,
Eles seguem marcando,
Mas já não tiquetaqueia o coração.
Atualizado em: Dom 13 Fev 2011
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