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CORAÇÃO ALIENADO

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O amor qual lâmina amolada,
 
Vem sorrateiro e sutíl,

Nas asas da borboleta,
 
despertando qual serpente,

 
O oráculo dos sonhos,
 
E enredando em seu ardil.
 
O corpo todo adoece,
 
Volteia em fala infantil
 
No charco úmido de pranto,
 
Procura por seu amado
 
Com rosto quase pueril.
 
 
O amor floresce, impetuoso e juvenil,
 
Não lembra do tempo passado,
 
Quantas vezes desgraçado, seu coração gentil.
 
Outra vez voa alheio,
 
Coração desventurado,
 
Pobre prisioneiro servil.

 

 


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Atualizado em: Qui 7 Jul 2011

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