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Contando poesia
Cortava o silêncio da noite,
O som da vida que se movia
Ventos soprando nos morros,
O som do tempo findando,
Gente chorando seus mortos.
Música que nem se nota,
As notas e os acordes perfeitos
Tocam,parecendo em silêncio
Um estrondo, dentro do peito.
Na alma, tão cheia de amores
Misturadas angústias, medos antigos
Perdas e solidão, tão doloridos
Só à mão podem ser tirados,
Envoltos em papel escrito
E nas gavetas do passado do guardado.
Sem perceber o que sucedia,
Entre palavras estava a bailar
Sentiu um beijo molhado
Da lágrima que dos olhos descia
E veio seus versos assinar.
Sem distinguir o sentimento
Tamanho envolvimento em retratar.
Sentia de maneira tão inquieta
A musica tocando sem pausar,
Que o poeta fazia a poesia,
No ritmo do coração descompassado
Como quem imitando a vida
Rima viver com chorar.
E em cada palavra escrita
Sem a ânsia da métrica ou da rima
Construiu sua poesia
Ora rindo, ora chorando.
Enquanto ouvia a música
Cantava a vida,
E a vida ia contando...
Comentários
abraço anarquista
Parabéns.
Isso acontece sempre... e sempre toca como um estrondo que não é percebido,
pois como disse, acontece dentro do peito. Seu poema é pura música... e das boas
Como sempre, um belo trabalho, um belo poema, parabéns
Beijos
AJO