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A REVOLUÇÃO DAS ENXADAS

Venho da terra onde se bebe fel,
onde se mata o medo no laço.
Não tenho medo de cangaço,
nem temo infame coronel.

Meu povo é cobra coral
preparando o bote,
arruda que dissipa o mal,
vaca louca protejendo o garrote.

Faca afiada apontada ao agressor.
Vamos, levante e lute! Ainda não acabou.
É preciso matar todo o medo e pudor.
Estratégia de guerra! O dia chegou!

Orquestra de enxadas e foices
tomando de assalto palco, praças e ruas,
derrubando paredes, invadindo noites,
faminta, comendo suas carnes cruas.

O poeta ressurge
arrombando janelas,
derrubando portas.
A palavra mata.
Mata, mesmo estando morta!

Não buscamos reformas,
queremos reconstrução.
Facas, foices, machados na mão!
Acorda, negrada! É a revolução!




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Atualizado em: Sex 4 Nov 2011

Comentários  

#4 Gilce 16-11-2011 21:38
Leitor, parcicipate?.Quanta humildade,própria dos grandes!Você é dramaturgo., ator,poeta,!Vá em frente! Abraço!
#3 jrs49 07-11-2011 12:13
A palavra é faca afiada de dois gumes, tanto acalenta como mata, daí podemos sentir a força das palavras.
Continue soltando o verbo e levando sua mensagem.
Parabéns pela poesia!
Abraços.
#2 PauloJose 06-11-2011 00:09
UMA FERRAMENTA QUE SURGIU EM 1746, EMPREGOU MAIS DE 600.000,FRANÇA EGITO E DEMAIS LOCALIDADES,
HOJE É ARMA BRANCA. PARABÉNS POETA ADOREI NOTA 1000. :zzz :roll:
#1 azara 04-11-2011 20:23
muito bom.Abraços

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