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A REVOLUÇÃO DAS ENXADAS
Venho da terra onde se bebe fel,
onde se mata o medo no laço.
Não tenho medo de cangaço,
nem temo infame coronel.
Meu povo é cobra coral
preparando o bote,
arruda que dissipa o mal,
vaca louca protejendo o garrote.
Faca afiada apontada ao agressor.
Vamos, levante e lute! Ainda não acabou.
É preciso matar todo o medo e pudor.
Estratégia de guerra! O dia chegou!
Orquestra de enxadas e foices
tomando de assalto palco, praças e ruas,
derrubando paredes, invadindo noites,
faminta, comendo suas carnes cruas.
O poeta ressurge
arrombando janelas,
derrubando portas.
A palavra mata.
Mata, mesmo estando morta!
Não buscamos reformas,
queremos reconstrução.
Facas, foices, machados na mão!
Acorda, negrada! É a revolução!
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HOJE É ARMA BRANCA. PARABÉNS POETA ADOREI NOTA 1000.