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À Minha Preta Véia

Mãe Preta, raízes de Oxóssi.
De uma África...tão distante!
Guerreira do feijão,
Do vatapá e do acarajé,
Dos rituais do candomblé.

Que ainda haja quem a veja insignificante,
Sei que não foi à toa teu labutar errante,
Teu penar frente ao velho tabuleiro,
Inseparável e fiel companheiro
De todas as tardes, na pracinha,
Onde aprendi a ser criança.
Ali, vi passar os ilustres da cidade,
Senhoras, estudantes e vagabundos
E com toda a paciência do mundo
Me ensinastes a vê-los como um só.

A mão pesada que batia a massa,
Fazia cafuné, repreendia a pirraça,
Ajeitava a longa e rebelde trança
Na cabeleira da sua inocente criança
Que satisfeita, dormia ao seu colo.

Mesmo quando,já homem para a sociedade,
Para ti, sempre criança em tenra idade.
Sempre serei teu pequeno netinho
E nada vai arrancar o espinho,
Que a sua partida cravou no meu peito.
IyáColofé!


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Atualizado em: Qua 9 Nov 2011

Comentários  

#4 calunga 15-01-2013 07:44
Que bom encontrá-lo por meio das preferências de Azara. Lindo!
#3 PauloJose 14-11-2011 13:37
UMA HOMENAGEM MARAVILHOSA,PARABÉNS!
#2 PauloJose 11-11-2011 20:44
PARABÉNS!
ABRAÇOS.
#1 azara 09-11-2011 13:38
Linda poeta, voce encantou a mãe.Parabens e abraços.

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