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O AMOR SEMPRE PERDOA

Quando perdi a minha doce amada

Na bruma espessa do escuro dia,

Perdi toda razão, deixei meu bando

E revoei o céu em gritaria.

 

- Onde estás, amada?

- Onde Estás, amada?

 

Voei sem descanso até Campina Grande

Onde a minha amada tem um ninho,

Se estava  perdida o melhor pouso

Era o calor da família ou meu carinho.

 

Não estava perdida.  Ela seguiu

Um andorinho de olhos verde-mar,

Que migrava para o sul, onde o amor

Se aquecia no sol para cantar.

 

Pousei num cabo elétrico, quem se importa

Se eu viva ou morra assim por nada.

O norte do meu bando é alimento,

Minha única vida é minha amada.

 

Não sei se vindo do Leste ou do Oeste

Um bando jovem migrava para  o sul,

Me leva leve no rumor das asas

Como se eu fosse uma  folha azul.

 

Quando atinei já estava próximo

De uma cidade poluída e feia

E vi minha andorinha malograda

Enterrando tristeza na areia.

 

Voltando para o norte envolta em lágrimas,

Na hora que a  noite ainda voa,

Pediu perdão, fiquei mais perto dela,

Respondi que o amor sempre perdoa.

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Atualizado em: Qui 18 Jul 2013

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