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SINFONIA DE UM DIA DE SOL
Me sinto vivo e canto
E esqueço por ventura
Toda a dor e amargura
Que cansei de escrever
Não pronuncio notas vãs,
Falsas, imaginárias, intocadas
Eu sinto e canto
E não há uma melodia retilínea
Com começo, meio e fim
A cada instante é um eterno recomeçar
Eu canto o que vejo e o que vivo
Não sei se canto bem,
Se acerto os tons certos
Se me perco nos compassos
Eu canto a melodia que vivo
E nas minhas notas me permito viver
Sem maestro, ou pautas, ou pausas
Eu vou na valsa
Tal qual um barco à mercê do oceano
Eu canto as minhas notas e no meu tempo
Não me preocupo com perfeição,
Com passos e compassos, acertos e desacertos
Eu canto e vivo, canto o que vivo
E apenas gostaria de nunca parar de cantar...