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Penumbra do cárcere interior



Vive este pobre miserável 
Apenas, ainda, pela covardia
Não fosse o medo castigável,
Com o punhal, ele a terminaria

Acordar mais uma vez, adiantaria?
Pois, o veneno, esse é interminável:
A solidão constante, a aura vazia
A ausência eterna do abraço afável 

Na alma pífia, vida não há
A dor e o vazio coexistem, somente,
Sob enegrecida ilusão da mente
Que na silenciosa solidão definhará

Vive, esse pobre miserável, para quê?
Se a própria mente o aprisiona
Dentro de tormentas que sozinho vê 
Quando a ideia da morte o apaixona.

Mas, esse miserável, um dia, cansado
Encontrará finalmente sórdida coragem
De transformar com punhal enferrujado
Toda a dor em antiga miragem.
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Atualizado em: Qua 1 Ago 2018

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