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Há uma bagunça



Há uma bagunça estranha dentro de mim
Por mais que tente, não consigo consertar
Ela arde em meu peito numa dor sem fim
Sequestrando da Noite o sono e dos Pulmões o ar

Ela chega de repente a me espavorir
Traz ideias carregadas de Ódio e tormenta
Não contente, essa íntima dor ainda inventa
De meu passado desarranjado invadir

Algumas noites ela vem Trajada de remorso
Vestindo finas joias cintiladas de arrependimento
Vem e com gotas de Sangue marca meu verso
Que foge de mim num desespero opulento

Não posso saber quando dor confrangida
Surgiu em mim e passou a me enlouquecer
A verdade é que há muito tempo estou quebrada
E esse é um transtorno que custo a resolver

A esta minha companheira confabulada
Tenho apenas um último singelo pedido
Que me traga a Morte na sua próxima chegada
Pois há muito tempo já não tenho vivido.
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Atualizado em: Qua 27 Set 2017

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