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PÉ DE VENTO

Você não precisa dos buracos para entrar na corrente
das minhas veias, mas bem antes, na da minha mente;
nesse instante, tudo em mim se transforma por dentro
e passo a sentir o corpo apenas em sua função, somente.
Uma prioridade, então, é imposta até aos meus segredos:
trazer você de qualquer jeito na ventania e nas adjacências
de um agora em que pareço mesmo mordiscar a sua pele.
E rasgo o seu bustiê e mamo no seu seio e lento e ligeiro
desço a língua e mergulho na fenda do seu desfiladeiro.
Ouço o seu ar preso e as suas mãos sobre a minha cabeça
afundando boca e queixo contra o fundo dos seus desejos.
E não encontro maneiras dessa coisa sossegar de repente
ou de que algum poema possa gerenciar este sentimento:
o de construir com a palavra a fornalha de um movimento.
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Atualizado em: Qui 4 Mar 2021

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