- Cordel
- Postado em
Depressão
...E na noite que começa,
Enquanto os gatos são pardos
Não tenho como ter pressa:
Na mente me ferem dardos;
Talvez venham de fantasmas
Que me causam confusão
Que mesmo não tendo asas,
Afastam os meus pés do chão...
Meus olhos ficam em brasas
E o dia amanhece tão tarde,
Minhas emoções ficam rasas
Ou deixo de ter razão...
Sinto meu corpo que arde
Não sentindo o coração,
Querendo não fazer parte
Da vida em tanta aflição!
Meu mundo fica pequeno
Daí fico observando:
Nada aprendo... nada entendo...
E meu mundo vai passando;
Impotente e inseguro
Diante de outro universo
Penso ainda que eu aturo
Sentimentos em reverso...
...Outra noite vem descendo
E eu com o sono induzido.
Nem em sonhos vou vencendo
Sou por pesadelos vencido.
Se por drogas ajudado
Rabisco realidade
Mas tudo que tenho lutado
Tem um fim: felicidade.
Quanta espera, quanto sonho,
Que vivem na minha vida
Mas, Coragem – que tristonho!
Ela está adormecida!
Mas eu luto de verdade
Tentando superação
Pra ter oportunidade
Do fim da tribulação!
Eu levo com teimosia
A vida a mim destinada
E ainda sinto alegria:
Escapei da morte pensada!
Por pior que eu me apresente
Fui criado para os meus:
São amigos, são parentes,
Que foram presentes de Deus!