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A tragédia que eu amei - Quinto Capitulo: Carlos no hospital
Carlos desesperado e sem conseguir falar responde:
-Fica tranquilo não vou abrir minha boca, me deixem em um hospital público e digo que vocês me defenderam e prestaram socorro.
Então eles seguem em direção ao centro da cidade do Rio de Janeiro, pedem para o Carlos descer e procurar um médico.
Carlos desesperado entra no hospital e mil coisas passam na sua cabeça, medo, desespero misturado com muita dor. Tenta ligar para seu amigo Valdemir que trabalha com ele na fabrica, e contar tudo que aconteceu e pedir socorro, mas lembra das ameaças feitas pelos policiais.
Geraldo um enfermeiro que trabalha há anos no hospital e tem experiência com estes acontecimentos vai em direção de Carlos e oferece ajuda:
- Meu amigo fica calmo: senta e conta tudo o que aconteceu.
Carlos ainda meio confuso com tudo começa a se abrir com Geraldo.
Geraldo rapidamente encaminha para o Doutor Benjamim que pedi para tirar algumas radiografias e medicar Carlos.
Mas, deixa claro que precisa de um boletim de ocorrência e que os policiais tem que estarem presentes para relatar o fato.
Carlos muito cansado é encaminhado para o setor de enfermaria do hospital para tomar as medicações necessárias e ficar em observação.
Já passa das oito horas da noite, o enfermeiro Geraldo faz a medicação para Carlos. Mas mesmo com tudo que aconteceu sempre a imagem de Dante vem a sua cabeça, de uma maneira estranha e confusa, com os sentimentos confusos e com a medicação forte Carlos acaba pegando no sono.
Um silencio paira naquele corredor, Carlos com sua cama perto da janela, olha para a rua e aprecia a chuva que molha a janela do hospital. Ainda confuso e assustado aperta a campainha para chamar o enfermeiro.
Em alguns instantes Geraldo aparece no quarto e pergunta:
- O que esta conhecendo meu amigo, precisa de algo.
Carlos triste é com uma lagrima no rosto, diz que esta muito agitado, e pede se teria como pedir a transferência dele para o hospital particular do seu convênio.
Geraldo entendeu o sofrimento de Carlos tenta acalma-lo e diz:
- Meu amigo tenta descansar, já mediquei você, graças a Deus não foi nada grave, sofreu algumas escoriações, e temos que esparar o resto dos exames, e além disso precisamos esperar o retorno dos policiais para fazer o boletim e relatar o que aconteceu, pois com certeza amigo você vai ser ouvido no processo.
Carlos até então não tinha caído todas as fichas e ficou mais deseperado, e várias coisas começam a preocupar Carlos, então pede para o enfermeiro Geraldo colocar seu celular para carregar, neste momento Geraldo balança a cabeça e pede para Carlos ter paciência e tentar dormir mais um pouco, pois de nada vai adiantar, e avisa que seu celular esta todo quebrado devido a queda.
Carlos fica mais desesperado, pois não tem decorado o numero do telefone do Dr. Roberto um amigo advogado.
Novamente Geraldo pede para Carlos tentar descansar e faz mais uma medicação. Neste momento Geraldo deixa o quarto apaga a luz e fecha a porta.
Carlos só pensava na peça que a vida pregou, ele era uma pessoa sem problemas e agora esta cheio de coisas para resolver, preocupado com a sua vida, com seu apartamento, com seu trabalho.
E ainda por cima mais assustado por saber que vai ter que testemunhar a respeito do assalto. Com lagrimas no rosto Carlos solta um leve sorriso no canto da boca e pensa. “ Nossa apesar de tudo ainda vou ver o policial Dante”. E começa lembrar desde o primeiro momento de seu contato com Dante.
Apesar da tristeza este reencontro que ira acontecer amanha, de uma certa forma conforta o coração de Carlos.
Olhando a chuva encosta sua cabeça no travesseiro e com a imagem de Dante em sua mente fecha os olhos e adormece.
Atualizado em: Seg 23 Out 2017