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Fazer o bem faz bem


"Só é feliz quem PENSA no bem e FAZ o bem".

Ao me deparar com esta frase, espalhada pelas pilastras da Av. Rodrigues Alves, região portuária do centro do Rio, comecei um processo de reflexão sobre a verdade e profundidade desta frase que, a princípio, parece mais uma no meio de tantas que lemos ou ouvimos por aí.

Mas não é somente (mais) uma frase bonita. É, de fato, um convite à reflexão.

Senão, vejamos:

Qual seria o intuito da pessoa que se deu ao trabalho de espalhar esta frase em plena via de grande circulação de carros, ônibus e pedestres? O que ela (ou ele) pretende com isso? Com que intenção faz isso?

Há de se parar, pelo menos por um instante, e pensar que, sem dúvida alguma, independente da crença religiosa ou valores espirituais, esta pessoa que se propôs a reproduzir nos muros da cidade esta frase, carregada de valores, acredita que ainda é possível sermos BONS, independente de qualquer circunstância a que formos colocados.

Mas será que é fácil ser bom?

Será que anda sendo, nos dias de hoje, conveniente o suficiente ser uma pessoa imbuída de bons sentimentos e pensamentos quando, a todo o instante, somos acometidos de injustiça e traição, em todos os sentidos?

SIM! É a resposta!!

É claro que vale a pena ser BOM!

Por que não fazer este BEM para nós mesmos, antes de qualquer coisa?

Sim, porque ANTES de fazermos o bem para o próximo, estaremos fazendo o bem para nós mesmos se formos pessoas honestas, sinceras, verdadeiras, justas, cordiais, gentis...

Não pense você que, por agir com o bem com as pessoas, está somente beneficiando a quem você dirige os seus atos. Além disso e, primeiro que isso, você está se AUTO-BENEFICIANDO.

Os primeiros contemplados nesta relação de franqueza e sinceridade que é fazer o bem somos nós mesmos. Depois (e como conseqüência) é que atingimos o nosso segundo objetivo da ação, que é o outro.

Acho que não custa muito isso. Acho até que poderíamos fazer mais vezes, pensar mais vezes, praticar mais vezes. Mas é difícil, eu sei. Confesso isso.

Difícil porque somos massacrados. Somos ridicularizados se pensarmos "diferente" do que comumente se pensa, que é REAGIR a todo instante.

Estamos muito reativos. Na rua, encontramos pessoas que por qualquer coisa, da mais ínfima a mais complexa que seja esta coisa, reagem de maneiras inesperadas.

Reações bruscas. Reações estranhas.

A impaciência, ou seja lá o que for (porque não consegui entender até agora o que é) fala mais alto em situações onde o que deveria imperar era justamente o oposto: a gentileza.

Assim já dizia o poeta (ou profeta) "Gentileza", que inclusive já foi cantado por Marisa Monte.

Custa tanto assim ser gentil, usar a gentileza e se colocar no lugar do outro?

Será que não conhecemos o significado da palavra EMPATIA?

Não precisa ser simpático para ser empático. Aí está a diferença. Exercer uma coisa não depende da outra. São coisas distintas, embora consigam muito bem caminhar juntas. E é até bacana quando isso acontece. Fica mais fácil e é mais gostoso.
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Atualizado em: Qui 19 Fev 2009

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