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Futebol para jogar ou julgar?
O Campeonato Brasileiro exibe um cenário muito favorável a especulações e suspeitas. Infelizmente, essa é a tônica das últimas rodadas. O que se tem feito pelos bastidores do mundo da pelota?
Numa trama que seguia emocionante, um amontoado de clubes disputando as principais posições, há quem, agora, insinue que seja uma grande armação entre cartolas, clubes e empresários do meio esportivo, além, e´claro, da própria mídia. O Campeonato Brasileiro é um pacote que sai muito caro e deve retornar em lucro para investidores... Há um deus nos bastidores, fazendo com que a coisa a conteça, ou seria isso "Teoria da Conspiração"?
Então, faça - se o gol, e o gol seja feito; ou não.
Realmente, o futebol brasileiro foge à fiscalização sistemática das instituições competentes, porque é uma instituição atípica, protegida por interesses privados e públicos, uma válvula de escape político, enfim, uma utopia nacional. Por isso, ainda está mais próximo dos enredos ficcionais do que da realidade.
Uma novela, que, com certeza, não leva em conta o dinheiro do público torcedor que espera o uso honesto de suas contribuições. Futebol no Brasil, meu caro, é caso de cadeia.
Rodada após rodada, ocorre um verdadeiro rodízio nas posições da ponta da tabela,. Tudo muito natural, se não fossem sucessivas falhas grotescas das arbitragens e, até mesmo, de certos jogadores para construir tal cenário.
Muitos clubes ainda lutam por resultados, seja fugindo do rebaixamento, seja tentando alcançar o título ou, simplesmente, para fazer parte do grupo da Libertadores, o G4 . Melhor enredo para o campeonato não há.
O torcedor incrédulo quanto ao formato do torneio, sente a armação como forma de justificar a continuidade, haja vista a lucratividade que ela promove em detrimento de outra forma, que consideraríamos mais justa apesar de tradicional.
O cenário tem mudado aos poucos e o que se vê em linha crescente é a dúvida. Os torcedores já questionam o mérito de algumas equipes ou reação abrupta de outras. "Isso tá parecendo novela!" - diz A.D.S.
O que se questiona em quase todo o círculo de bate - papo é a falta de honestidade presente na vida dos profissionais do futebol."É muita impunidade!" - Acrescenta.
"Afastar um juíz é fácil... Quero ver é dar nome ao boi pagante, mandar pro xilindró o meliante." - Exalta - se.
Fato é que muitas notícias alimentam essas dúvidas e julga - se que os reais protagonistas do torneio e dos resultados apresentados nos placares dos nossos estádios podem estar fora das quatro linhas.
O Campeonato Brasileiro agora faz parte do mundo ficcional, segundo as críticas. E, como o brasileiro gosta mesmo de uma novelinha, é bom lembrar que certos atores não desempenham bem o seu papel neste espetáculo teatral, o que contribui para aumentar ainda mais as chances de as suspeitas serem verdadeiras.
Quando iniciava a matéria, novas declarações bombásticas chegavam à mídia, colocando dúvidas quanto a idoneidade dos atores esportivos. Tristemente, esse já foi o maior show esportivo do planeta e agora é uma novela de péssimo gosto. Para os que perdem não há mais como convencê- los. Esses faziam parte de uma massa acrítica de torcedores.
"Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará!" - Afirma, religiosamente, T.R.P
"São jogadores, juízes, dirigentes de clubes, todos os setores, inclusive, certa parcela da mídia " - Segundo T.R.P, estão todos ensaiados para delinear um roteiro comum, esconder evidências. "Vergonhoso" - disse.
O presidente do Palmeiras, recentemente, não sem motivo questionou e sentenciou a barbaridade de um erro cometido em campo pela arbitragem. Erros, todos nós cometemos, mas devemos não fazer dele um hábito, não é mesmo, seu árbitro? Luiz Gonzaga Beluzzo mostrou que há uma política de bastidores e denunciou essa prática por parte daqueles que organizam o campeonato.
Se o futebol tivesse instituições sérias reproduziríamos essa mesma competência institucional nos outros setores da vida social.
Roubar, extorquir, supervalorizar, vender – se, oferecer propina são práticas que entram no campo da vida social e política do país, porque há uma linha muito tênue entre o que se pratica nos campos e fora dele, é, infelizmente, uma verdade - concluo.
Que referência temos da vida política e do poderio opressor de quem detém o capital senão esta?
Perder uma partida, reconhecer o valor do adversário, qual seja, é ato de nobreza.
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