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A Moda Como Linguagem

A moda é uma linguagem. É a porta voz da alma de uma nação. Não dá para pensar que a moda é só atributo das passarelas de Milão ou de Paris. Diante as Olimpíadas do Brasil percebemos o quão essa linguagem pode dizer da característica de um nação de forma tão contundente. Vimos o mundo inteiro maravilhado com a beleza de nosso povo. E essa linguagem que maravilhou o mundo, com o sincretismo do povo brasileiro, da diversidade de cores e de beleza que além de contagiar o Brasil, contagiou os estrangeiros e mostrou a riqueza de uma nação bela que foi construída pela interação de diversos povos como os japoneses, africanos, italianos. E Mesmo com os apelos políticos do qual assola a agora ‘instável’ nação, o festival de cores, as roupas, as fantasias que cativaram até os ‘gringos’ mostraram: O Brasil é um país de beleza, exótica... Mais beleza. E o que falar de Gisele Bündchen na passarela? . Ela mostrou o que faz do país além de uma referência de cores e diversidade um país cuja moda e elegância são também coisa de Gente Grande. Vale Ressaltar que apesar de certo muro de separação entre Moda e Política: pode-se dizer que o conceito de moda está findado tanto em política quanto na filosofia e todos intrinsecamente representam conceitos de racionalidade. A política é um ato de escolha, de fazer, agir, e a filosofia é utilizar a razão e a complexidade do mundo para inferir verdades e silogismos que levem a tentar compreender a verdade da sua maneira. A moda também é assim. É tanto um ato de escolha, de ordem e poder quanto de racionalidade, uma atividade de entendimento e complexidade do saber de uma cultura, de um povo, de uma pratica social. Você veste aquilo que você é, de acordo como você se sente , sua personalidade , seu estilo de ver e viver a vida. Ademais, a compreensão e a vivência a uma determinada cultura é pressuposto para adentrar ao contesto cultural da manifestação a qual se participa. Esse conceito cultural pode ser exemplificado por dois extremos, pôr exemplo, o Brasil e a Arábia Saudita. O nosso país é um país diversificado e cuja pluralidade de povos, etnias ,religiões e orientações sexual amplia a definição de moda e tradição dependendo do povo ou grupo social e nos fazem únicos. Temos povoados de origem alemã no norte do Rio Grande do Sul, comunidades chinesas em São Paulo, libaneses e sírios em fortaleza e povos nativos e indígenas no norte , nordeste , sudeste , centro–oeste e cada qual representam uma moda típica com vestimentas e características de trajes típicas. Na Arábia Saudita também existe uma moda, mas em contraposição, as vitrines são cheias de saiotes até os pés, véus que cobrem o rosto e burcas que são espécie de ‘biquínis vestidos’ que comportam visualmente a cultura e a moda local. Se vestir de biquíni, maiô ou um tomara-que-caia, por exemplo, é um afronto para a população e tradição local. Na Arábia Saudita sabemos que o conceito de moda é muito mais homogêneo e diverge muito das liberdades encontrada no ocidente . Porém, foi visto também que o orgulho ao véu é também uma convenção honrosa, tanto pela defesa as raízes do país quanto ao respeito e moral das mulheres árabes as suas tradições. A moda muda convenções e democratiza a história, pois é o ponto condutor para mudanças sociais e o termômetro entre liberdade de expressão, conservadorismo, ideologia e novas mudanças de concepções. Conquistas como a liberdade sexual , igualdade entre os gêneros, igualdades entre os homossexuais foram conquistados queimando sutiãs, ousando utilizar roupas que eram consideradas masculinizadas ou fora do padrão, etc. Por parte, não existe o enquadramento de dentro ou fora de moda, uma vez que a moda acaba sendo relativo de lugar a lugar, é temporal (depende do tempo em que se vive), depende também das inovações e complexidade da mesma além de ser variável também por quebra de padrões, globalização , mudanças social e um universo de outros fatores que acaba tornando ela ao mesmo tempo - atemporal – pois é possível um resgate de uma dita ‘moda velha’. Ao resgatar o antigo, o arcaico, o ‘ Retrô’, ou até antecipar “o que não veio ainda” à exemplo de moda do tipo ‘ futurista’, há uma semiótica de peças antes ‘ bregas’ , ‘ horrendas’ , ‘ feias’ que se transformam em irresistíveis peças ‘cult’, ‘modernas’, ‘estilosas’, tudo por fruto de convenções da sociedade e existência das inovações da moda.
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Atualizado em: Qui 2 Fev 2017

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