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O sexto membro do calendário trás consigo memória e cólera. Um recanto imaginário onde as rosas ainda florescem toma meus horizontes enquanto, em minhas mãos, a terra seca e infertil é esquecida. Por favor, me jogue dentre as montanhas, me mostre a cor das tulipas, me cante o réquiem dos meus pesadelos, que tornara-se a minha pura vivência. No fim, foi só um sonho, mas acordar e ver a nascente seca evapora o meu ser, que sofre com a mais pura sede da água da vida. 
As folhas das árvores caem sobre meu rosto, elas são negras. O inverno chegou e com seu toque gelado em brisa lenta, meu espírito perde a chama enquanto os números retrógrados são atirados em mim como facas. Esqueça o passado, pequeno soldado, você precisa marchar! Um dia, você irá alcançar o sol! Deixe as estrelas gritarem em meio ao silêncio deixado pelas ninfas, corra, corra até criar pernas de bode e se ver como fauno. Você tocará a flauta de pã e despertará a mãe água! O inverno irá se perder e a floresta vai renascer. Por favor, acredite. Eu juro, você está perto. Pronto, levante-se. Isso mesmo, caminhe; a alvorada está próxima. 
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Atualizado em: Sáb 13 Jun 2020

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