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Temporal

Vejo nuvens escuras no céu, relâmpagos brilham e trovões rugem ao léu.
Lembro me dos tempos de criança, este era um momento muito aguardado, senas vêm em minha mente, nítidas e, com muito significado.
Vejo o vento forte derrubando as folhas e às varrendo para fora do quintal.
Era prazeroso ajudar mamãe a recolher as roupas do varal e também uma boa desculpa para correr solto no vendaval.
Nunca me apavorei com os temporais, adorava ouvir o rugido dos trovões e em seguida observar o zigue-zaguear do corisco no firmamento, eram faíscas de energia, brilhantes, imponentes, pôr alguns instantes uma onda de pavor invadia a mente, mas isso tudo era natural.
Depois do alvoroço, cessava os trovões, os relâmpagos e o vento alado, ouvia-se apenas o barulho dos pingos d'água e das partículas de granizo que caiam no telhado.
Da janela se avistava o igarapé que transbordava.
Esticando às mãos se alcançava as bicas de água que caíam das telhas, e se pegava as pequenas partículas de saraiva que delas se escorregavam.
Mais ao longe, tomava forma o arco-íris, quando os raios do sol em contato com às gotículas d'água, criava às cores variadas.
Quando a chuva forte findava, em seu lugar restava, uma escassa neblina, a relva molhada, o solo encharcado e o igarapé transbordado.
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Atualizado em: Seg 14 Set 2020

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