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TEMA: MINHA FAMÍLIA NO PLANO DA SALVAÇÃO AT 16.27-34

INTRODUÇÃO
Em todo tempo e lugar da história nós seres humanos nos preocupamos com as situações da vida. Sempre houve as necessidades básicas e elementares para se viver. É certo que quanto mais distante o tempo de nossa época as necessidades eram mais básicas e elementares do que as de hoje.
Hoje em um mundo pós moderno, cheios de meios que prometem a felicidades, sucessos, realizações, é comum vermos constante trocas de meios para se chegar a esses objetivos. Não existe em nosso mundo um único meio, mas um conjunto de fatores que prometem algo que nunca será possível se alcançar. Esses meios são enganosos, fraudulentos e criam uma sociedade insaciável na busca desses prazeres, ocasionando frustrações diversas em famílias inteiras por não haver se chegado à tão sonha realização completa.
Precisamos nos perguntar algumas coisas, compreender melhor o que realmente queremos para nossas vidas, nossas famílias, nossos filhos.
Explicação
O texto que acabamos de ler, nos conta uma história bastante conhecida no meio cristão evangélico. Paulo e Silas estavam presos. Eles haviam repreendido o espírito adivinho de uma moça e isso ocasionou na prisão dos dois At 16.16-22.
Lucas ao nos escrever essa história deixa claro que a intenção de Paulo e Silas não era estar naquela cidade At. 16.6-12, eles foram impedidos duas vezes de seguir seus planos, Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos. E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho. Atos 16.9,10.
Paulo e Silas então obedecem e seguem rumo a macedônia onde ao pregar para um grupo de mulher, temos a história de Lídia que ao ouvir a pregação de Paulo, impulsionada pelo Espírito de Deus, se converte ela e sua casa e se batizam.
É nesse contexto que Paulo e Silas se encontram, em um turbilhão de acontecimentos e um dos que nos convida a uma reflexão do que é importante para nossa família encontraremos na história do carcereiro. Vejamos:
Argumentação
Transição: A Salvação de sua família se dará mediante a:
I - Intervenção Divina
Efésios 2.8,9 diz: “Porquanto, pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem por intermédio das obras, a fim de que ninguém venha a se orgulhar por esse motivo”.
Toda obra salvífica tem a iniciativa de Deus. Deus inicia a sua obra na vida do ser humano. Isso é fato e inquestionável.
Nessa história vemos justamente como Deus trabalhou para alcançar não apenas a família do carcereiro, mas também a vida de Lídia e da jovem adivinha trazendo libertação sobre sua vida.
Deus direciona Paulo e Silas para estarem em Filipos, com o propósito de salvação para essas vidas. Esse envio providencial da parte de Deus traz consigo algumas situações adversas, para os enviados.
Em um mundo imediatista, em que as coisas não podem fugir daquilo que foi planejado, que não se aceita passar dificuldades, um evangelho sem cruz é anunciado e muitos adeptos são alcançados, afinal o evangelho está mais “light”. Deus nada se parece com aquele que conhece tudo, e sabe tudo mas sim com alguém falível que muitas vezes precisa ser questionado, afinal “as coisas não podem acontecer assim, ou assado, pois sou filho do rei, e não posso passar dificuldades”.
Vejamos Deus claramente avisou para Paulo em visão para ele atravessar a Macedônia, mas não mostra a Paulo e Silas o que aconteceria com eles lá. Paulo e Silas compreenderam o chamado, e confiaram em Deus naquele que traz bonança mesmo em meio à tormenta, por esse motivo não vemos nenhum dos dois frustrados pelo fato de estarem sendo chicoteados e depois por terem ido preso. Ou seja, como ministros e despenseiros do evangelho, o chamamento é claro, vide Mc 16.15,16, precisamos ser aqueles que escutam o chamamento, obedecem ao chamamento e aceita os desafios e tempestades que o chamamento acarretará, entendendo que Deus tem seus meios para alcançar vidas, e que a nós importa apenas obedecer.
Transição: A Salvação de sua Família se dará mediante a:
II – Fé em Cristo como salvador da humanidade.
“Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele". Jo 3.36
Se alguém pudesse de alguma forma fazer o levantamento de como um grupo de 10.000,00 cristãos chegaram diante de Cristo, teríamos diversas formas, histórias, meio que seria quase que impossível finalizar as histórias, e cada uma teria sua peculiaridade.
Quando Paulo e Silas iniciam os trabalhos na cidade de Filipos, eles não tinham ideia de que três pessoas conforme relatos teriam suas vidas mudadas. E que pelo que nos parece duas delas teriam não somente suas vidas, mas também de suas famílias mudadas a partir da aceitação do evangelho das boas novas de Cristo.
Lídia pelos relatos bíblicos era mulher piedosa de oração, buscou ouvir a Palavra de Deus, e se rendeu a ela na primeira oportunidade, e como consequência viu toda sua casa sendo abençoada e alcançada pelo evangelho.
O carcereiro que nos foi encoberto seu nome, tem uma conversão um pouco diferenciada. E na verdade ele entra na história como um oficial que obedece apenas Roma, e que não aceitava a pregação do evangelho, pois como muitos disseram: “Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade, E nos expõem costumes que não nos é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos”. (Atos 16.20,21), ou seja, era de conhecimento de todos e inclusive de Paulo por ser cidadão romano (Atos 16.37), que todo e qualquer movimento que de alguma maneira, trazia problemas para a ordem pública, ou seja, para a “pax romana”, precisava ser contido para que o motim acabasse, e a ordem mantida intacta. Logo esse homem, tendia a não ser simpatizante ao evangelho. Entretanto Deus tinha um propósito em tudo.
Quando Paulo e Silas estão encarcerados, eles louvam a Deus, adoram a Deus. Eles, como já foi dito estavam confiantes na vontade de Deus, e não questionaram a situação em que estavam, simplesmente seguiram em seu propósito de vida.
Enquanto dentro da prisão havia um momento de louvor e adoração, do lado de fora as coisa pareciam tranquilas, os novos presos parecia não oferecer nenhum tipo de risco a segurança noturna, que proporcionou ao carcereiro responsável pela guarda dormir um pouco v.27. Esse sono foi profundo que o mesmo com terremoto, portas se abrindo, correntes caindo, ele acorda e percebe apenas as portas abertas. E aqui veremos que a salvação na vida desse homem ocorreu em algumas esferas de sua vida.
I – Ele tentaria contra sua própria vida – Cometeria um suicídio. V.27: O ato de tentar contra sua própria vida, tem explicação no costume romano, e em sua rigidez para com aquele que fosse negligente em sua função. Como ele não sabia o que havia acontecido, a primeira coisa que passou em sua mente foi tirar sua própria vida. Esse ato afetaria diretamente sua família, trazendo para todos uma tristeza profunda, angústia, sofrimento.
Podemos observar neste texto que o ato salvífico se inicia na vida desse homem com algo terrível. Um terremoto que abalou as estruturas, e trouxe ao homem uma preocupação enorme. Segundo C.S Lewis “O sofrimento é o megafone de Deus para um mundo ensurdecido”. O sofrimento que esse homem, em minutos passou é imensurável, tão imensurável que logo ele pensa em se matar, entretanto Deus usa desse momento para manifestar sua graça salvadora para aquele homem. Paulo diz de dentro da cadeia, para que o homem não cometesse tal ato, que todos estavam ali ainda. Hernandez Dias Lopes nos dirá que “Há aqueles que não ouvem a voz suave. Não buscam uma reunião de oração. Não procuram ouvir a Palavra de Deus. Para estes, Deus produz um terremoto, um acidente, uma enfermidade, algo radical”!
Os meios que Deus usa para despertar nossa fé, são totalmente diferente daquilo que pensamos, e imaginamos. Isaías 55.8,9 nos dirá:
"Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos", declara o Senhor. Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos”.
II – Ele entende que precisa de salvação. – É a partir dessa perspectiva, dessa experiência o homem reconhece que precisa de salvação. E em sua primeira oportunidade, ele pergunta: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? Atos 16.30
A graça salvadora nos faz perceber que nossa vida precisa de algo a mais. Que ainda que tenhamos nossa confiança no status, fama, dinheiro, sucesso, família, existe algo que só em Deus por meio de Cristo podemos alcançar que é a salvação. Precisamos reconhecer que estamos perdido, que se fora Jesus nosso fim sim é a morte afinal o salário do pecado é a morte e se não entendermos isso estamos caminhando para um suicídio espiritual que acarretará na morte eterna.
III – Deus através de sua graça demonstrada, nos faz perceber que precisamos de salvação, mas nós precisamos crer em Jesus e em tudo o que ele nos fez e faz.
João 3.16 – “Por que Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho unigênito para que todo àquele que Nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Em seu comentário de atos Hernandez Dias Lopes nos pinta um quadro interessante sobre a aceitação de Cristo como salvador.
Se Jesus não é o dono da sua vida, ele ainda não é o seu Salvador. Ele não nos salva no pecado, mas do pecado. Marshall escreve: “Jesus é Salvador daqueles dos quais ele é Senhor”. É preciso dar provas de transformação. A conversão implica mudança no ponto nevrálgico da nossa vida: Zaqueu, o pródigo; o carcereiro, um homem rude que deixa de ser carrasco para ser hospitaleiro. Deixar de açoitar, para lavar os vergões de Paulo. Deixa de agir com crueldade, para agir com urbanidade. A celebração realizada na casa do carcereiro foi apenas uma expressão externa da alegria interna que toda a família experimentou, por terem crido em Deus (l6.34). Citando Crisóstomo, John Stott aponta que o carcereiro lavou os vergões de Paulo e Silas e foi lavado. Ele lavou os vergões dos açoites e foi lavado de seus pecados.
Conclusão
Deus pode intervir na história, com propósito de salvação de algumas ou muitas pessoas. Os agentes de propagação desse evangelho salvador, precisa entender que Deus faz como ele quer, e que isso pode nos proporcionar momentos difíceis, mas temos que entender que precisamos ser firmes e constantes, sempre abundante na obra do Senhor, sabendo que o vosso chamado não é vão no Senhor. I Co 15.58.
Fica claro nesse texto bíblico que Deus propicia que as pessoas vejam seu poder, sua graça, sua manifestação e que o objetivo é ocasionar a salvação, porém assim como o carcereiro precisamos diante da manifestação de Deus perguntar, reconhecendo nossa necessidade de Deus, reconhecendo que estamos perdidos, o que podemos fazer para ser salvos? O que está em nosso alcance? Lembremos a iniciativa sempre será de Deus como vemos no texto, mas nossa parte é crer. Precisamos crer em Jesus, crer em seu sacrifício, crer na suficiência de seu amor. E assim experimentaremos essa graça alcançar nossas casas, nossas famílias, nossos lares, nossos amigos, contudo, todos eles precisaram decidir se querem ou não ser participante dessa graça salvadora.
Que Deus nos abençoe.
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Atualizado em: Qui 21 Nov 2019

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