person_outline



search

SERRAGENS

Lembro —  e sempre — quando trafegávamos

De corpo sobre corpo — uns — uma só estrada

Dois motores que consumiam a mesma bebida

Um, a garrafa, o outro, a bocarra do alcoolista


O seu perfume de bairro e o meu de proibidas

Aquelas línguas sujas de onomatopeias vadias

Fomos mesclados sob o acetileno que escorria

Entre o brilho incandescente das nossas folias


Lembro, e tão quente quanto, que na sua senzala 

eu reinava — e que à minha, você era a majestade.

Pin It
Atualizado em: Seg 25 Mar 2024

Deixe seu comentário
É preciso estar "logado".

Curtir no Facebook

Autores.com.br
Curitiba - PR

webmaster@number1.com.br