Criança queimada

--Caramba! Esse sol está quente demais—resmungou o soldado Aquiles para o seu companheiro de trabalho, o soldado Isouto. -- Quente é apelido! —respondeu isouto. Eles tinham acabado de entrar na polícia. Estavam “vibrando”. Bom seria se a gente tirasse viatura amanhã. Aqui não tem nada – s37 total. Aquiles tira a água do bornal, toma um gole e passa a mão na testa, limpando o suor. De repente, às 11h20, algumas pessoas começam a se aglomerar em terreno baldio próximo aos soldados. Isouto, alerto, diz: – Qap, Aquiles, vamos copiar o que houve ali. O local ficava a trinta passos do posto de serviço, onde eles estavam. No caminho, alguns curiosos diziam: é uma criança; está morta. De imediato, apressaram os passos e logo chegaram ao local. – Bora, todo mundo fora do terreno—gritou enfaticamente o soldado Aquiles. Era a primeira experiência deles. Limitaram-se, à distancia de dois metros, a verificar o corpo. Pela distância, tinham certeza de que se tratava de um corpo de uma criança de aproximadamente um ano. O corpo estava com a metade queimado. Como Aquiles era pai de uma menina de dois anos, quase não aguentou chegar perto. Com os olhos marejados, sai para o canto. --Alô, sargento! -- Diz recruta—respondeu o fiscal. -- Comando, nós encontramos um corpo carbonizado de uma criança em um terreno próximo ao nosso posto de serviço. Qual o procedimento? -- Sério? Perguntou o sargento. --Positivo, comando! Uma cena horrível! —respondeu Aquiles. --Eu estou indo para o local. Vou acionar logo a perícia. --Ta certo, comando. —respondeu Aquiles com um soluço. Em 15 minutos, a viatura do fiscal chega. Os soldados prestam continência e indicam-lhe o local do corpo: está ali, comandante, próximo ao pé de manga. O sargento se aproxima e se esforça para segurar o choro. Balançando a cabeça e fazendo o sinal de negativo, diz: o mundo está perdido; onde vamos parar com tanta maldade. Fora do terreno, os curiosos não paravam de chegar.  30 minutos após a chegada do fiscal, a perícia chegou. O perito Romeu cumprimentou a equipe e perguntou: como foi isso aí, Sargento? --Rapaz, os dois policias que estavam aqui no policiamento a pé avistaram algumas pessoas se aglomerando neste local. O que lhes despertou a curiosidade. Chegando aqui, depararam-se com esta criança morta. —respondeu o sargento. frio, o perito vai em direção ao corpo. Ao se aproximar da criança, cerrou os olhos, olhou para os policiais e deu um chute na boneca.
 

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