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X - Quero Minha Chupeta
Quando criança, eu e minha chupeta éramos amigos inseparáveis. Não suportava ficar sem ela. Às vezes, meu pai precisava sair no meio da noite para comprar uma substituta para alguma que sumia. Já com quase 6 anos, ainda me apegava ao objeto.
Certo dia, minha mãe, percebendo que já era hora de eu me separar do agrado, escondeu minha chupeta para que eu não pudesse encontrá-la. Chorei, exigindo minha chupeta de volta, mas ela disse não saber onde estava. Quando pedi que comprasse outra, disse-me que eu já estava bem grandinho e não precisava mais destas coisas. Fiquei super nervoso e queria minha chupeta de volta a qualquer custo. Reclamar com meu pai não adiantou, já que ele também achava que já era tempo de eu me separar do mimo. Passou-se uma semana e não pude encontrar minha chupeta, mas não tirava da cabeça a idéia de econtrá-la. Na semana seguinte meu pai me deu alguns trocados para gastar com doces e balas. Qual nada, pensei, corri para a venda e comprei uma chupeta novinha. Veio dentro de uma embalagem plástica, fechada. Esperei até chegar em casa para abrir. Abri a embalagem meio emocionado e com um certo medo de ser visto por meus pais. Coloquei a chupeta na boca, entusiasmado. Senti um gosto estranho, ‘opaco’, como se comesse um pedaço de isopor. Não tinha a mesma graça de antes. Frustrado, joguei-a para um canto, e fui pra rua brincar. Estava curado.
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AJO